quarta-feira, 25 de junho de 2008

Falando das flores

Cansei de falar de amor

Vamos falar do capitalismo,

Da poluição?

Vamos falar da fome,

Das doenças e das misérias?

Acho que não.

Quem sabe do buraco da camada de ozônio...

Vestibular? Dinheiro?

Também é desespero.

Ah já sei, as flores!

Belas flores, todas as cores...

Da nossa Amazônia que hoje é casa de mãe Joana...

O nosso Pau Brasil que já foi pra... Marcenaria.

Pois bem, melhor continuar só nas flores...

São belas mesmo, raras, todas as cores!

Roxas, vermelhas, brancas... Amarelas!

São tantas amarelas! Cor de fogo mesmo!

Fogo vivo... É incêndio na mata.

Um cigarro e o Ozônio na Amazônia

Fez-se o jardim de rosas amarelas e esfumaçadas,

Fizeram-se mais uma revoada de aves sem destino,

Fez-se a queimada e o fim de vários ninhos.

E as minhas belas flores... Sobrevivem poucas por ai

As naturais vendo o fim da sua natureza

Dando seus últimos suspiros de beleza.

E foi só por isso meu amor

Que não te comprei aquele buquê.

Calar da mente

Caladamente

Calada mente

Cala de dor

A dor do calar

O calor da mente.

Calada a mente

Cala dormente.

A dor mente em calar

O calor da mente.

Lá e cá a mente dá o que sente,

Se mente

Semente.

Na Calada

Calada

Caladamente.