segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mesmo que não me deixes ir, se for preciso eu já sei sair
Não digo que não me importa eu também sei chorar
Importa muito e por isso aprendi a partir, não sei fingir
Não dá pra ficar aqui e sorrir, fugir do que se tem
É como correr no sentido contrário do seu coração,
Sair de carro a 100 por hora na contramão.

Não sei ser inocente no meio de tanta indecência
Não sei ser normal e usar panos quentes.

Falta-me ar, eu espirro o que você transpira
Eu inspiro do que me agoniza ver e pasmar,

Em sentir e achar que vi o mar
Sendo tudo onda continua de aparições, deslumbres...

Outras vezes acho que sei tudo sobre esse mundo a qual me condenaram
E prevejo o futuro o presente e vejo o passado dos que me dão um pedaço de si
De tudo nessa vida eu já previ...
Menos de mim, não sou partícula homogênea nesse ciclo
Sou parte do que não sei ainda, sou parte do que não quero saber
Metade do que eu quero viver, exprimindo em versos minha alergia,
Em gestos a minha alma estrangeira buscando moradia.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Simples e complicado

Não é nada complicado
É simples como tudo que eu não digo
Simples como tudo que eu sinto.

Se é ele ou outro qualquer
Você sabe o que quer
Sabe que é simples querer,
Sabe que eu vou sempre lembrar de você...
Porque amar não é complicado pra mim
Só esquecer.

É complicado saber a verdade só de ver
Não dizer, negar é como se quisesse me fazer lutar
Por aquilo que eu almejo como paz.


Se é simples porque não é tão fácil assim?
Eu quero a paz do teu sorriso
A sua mais forte pulsação
Seu coração.
Sempre foi simples e complicado tentar te mostrar
Que eu te amo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dela

Ela só queria a companhia dela
O olhar dela, as palavras alegres dela.
Ela só queria seu carinho, seu sorriso
Sua felicidade que era sua felicidade.
Ela só queria fazer parte da vida dela
Fazer parte dela... Amava ela.

Ela não queria que fosse vício
Não queria ser uma abstinência doída
A falta de paciência nem a compaixão.
Ela sentia amor não era só paixão.

Ela sentiu muita dor quando ela trincou seu coração,
Ela caiu no chão e não chorou mesmo na imensidão daquilo...
Até ali ela ainda buscava o impossível.
Na decepção ela ainda buscava enxergar calma no doce sorriso dela.
Mas a decepção era dela, sobre ela, não sabia mais se conhecia ela...

Ela encarava não dizia nada.
Ela sorria pra ela como se soubesse o efeito de tudo isso
Mesmo porque ela amava seu doce sorriso, mesmo que não fosse mais ela...
Ela estava ali por causa dela, culpa dela e naquele momento o resto não importava
Ela estava ali por sua causa, mas não foi tão culpa dela se ela a amava.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Eis a questão

Não devia pensar tanto
Não devia haver tanto “não devia” em mim
Porque eu passo por frente do que quero
E duvido que seja possível estar ali
Duvido de mim e de tudo que for possível questionar,
Se isso é falta de pureza e ingenuidade, não...
Talvez seja o contrario.

Eu duvido que seja possível viver mesmo estando aqui respirando,
Eu duvido que seja possível morrer de amor, mesmo a sete palmos de um coração.


As janelas estão ali e podem ser abertas,
As portas estão aqui mais vão se fechando...
Eu já não sou mais adolescente
E Não sou velho ainda pra estar caducando e sendo ranzinza
Minha criança existe, meu adulto se (de)forma a cada minuto
E idosa é essa historia de que sempre foi assim.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

( (

Não tenho culpa nenhuma de amar você
Foi tão fácil e ainda é assim
Meu coração pesado não impede que você me leve
Não impede que eu não te siga até que eu saia de mim
Não acho mais o caminho de volta
Não consigo trancar a porta

E mesmo assim eu não consigo confessar
Não tenho forças pra me entregar a ponto de viver
Eu não consigo ser alguém pra te merecer

Só alguém que te ama, isso não basta
Alguém que te adora e isso me sobra
Sentimentos à tona, bombas atômicas
Coração afetado é um campo minado
A qualquer hora ele pode estourar...
Ou nunca mais detonar mesmo batendo.

domingo, 2 de agosto de 2009

Amor

A diferença é que não pertence mais a mim o lado lúdico do amor
Não faço planos, não te digo o quanto...
Não te ligo de madrugada mesmo estando arrasada
Mesmo que a vontade me afogue prefiro nadar.
Eu já gostei muito de dizer o que eu sentia
De transcrever fotografias
De fotografar palavras dentro de mim.
Mas hoje não é mais assim.

Apenas o amor que existe e se transforma
Mesmo sem o lúdico ainda é o único
E mesmo que não haja fantasias e exageros
Ela nunca deixa de ser inteiro
Nunca é trágico ou perfeito
É ele mesmo
Mesmo que não seja possível sê-lo.