quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Flor delírio

Estive a te amar perto desde antes do teu nome
Desde antes de ver de perto seu sorriso
Antes dos teus cabelos coloridos
Do colorido se assumir pra mim.
Estou a te amar mesmo longe
Sem saber te chamar sem poder sem por onde.
Mesmo distante vejo, invento perto teu sorriso
Pinto arco-íres quaisquer nos teus cabelos
Cachoeiro meus olhos sem cessar no seu sol olhar.
Estive a te amar mesmo sendo horizonte
Meu coração montanha de um só habitante
Fez-te lírio sem raiz fixado bem no meio
Do delírio de bater sem te ver lá no alto
E sentindo os percalços de ser mesmo ao longe perto
O deserto que sobrevive só por saber da existência do tal líquido sedativo
E se consome criando suas próprias miragens vertiginosas de felicidade.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Hoje eu sei o que ontem ou até mesmo antes já deveria saber
Hoje eu sei nada é pra sempre como deveria ser.
Como não deveria ser como eu não deveria saber
Mas hoje eu sei.

O quanto foi impossível e imperecível
Fantástico e fantasioso
Eu tive medo de um monstro que eu mesma criei
Em um mundo que eu mesma inventei
Tudo é real até que se prove o contrario
Até que você se ponha ao contrário e tudo se mostre de cabeça pra baixo.

O amor de ontem não é o mesmo de hoje
Passo a sentir invertido posso até sentir ridículo eu só não posso não sentir.


Eu que ando desarmada sei o poder da palavra
Eu que ando sem atirar por ai sei a força que está oculta
Eu que nunca andei de armadura, nunca soube buscar a minha cura.
Eu que sempre pensei andar desarmada andei atirando fé pra cima,
Vê se no fim ela me cai bem de cima, na mira como um belo chapéu
Ou por um triz me acerta de raspão como um tiro no pé.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Se palavras são confusas
Se escrever é difícil
É porque você nunca viveu de verdade ou nunca pegou num lápis.
Nunca se sentiu um total estrangeiro dentro de você.
Você nunca quis segurar com a mão seu próprio coração
Como um ferimento que você quer estancar e aliviar a dor?

Nunca quis abraçar pra sempre ou esquecer de vez?
Escrever parece muito difícil pra você,
Assim como é fácil falar por ai, fazer por ai
Olhar na cara e não nos olhos da alma
Não da minha, da sua.
Escrever sempre foi tão fácil pra mim
Assim como é fácil pra você esquecer.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Diga-me suas palavras soltas
Seu sorriso aberto.
Dê-me seu olhar mais calmo,
Seu rosto - janela de por do sol.
Toma meu ar apenas com sua respiração
Rouba sutilmente a firmeza do meu chão seguindo seus leves passos
Cobre a frieza do meu coração com seu lençol – abraço.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Basta

Juro que tive que me controlar mais uma vez
Pra não te enviar aquelas mesmas palavras floridas no fim do dia
Meu sentimento proliferado em centenas de mensagens grátis
Como se eu pudesse propagar a minha alegria pra você.
Deveria me sentir triste por ficar tão feliz assim.
Não sei se tenho o coração grande ou pequeno
Se minha alma é vivida e se ainda tenho muito que viver
Não sei e é perca de tempo procurar saber...
E de você, eu só sei que te amo.
Vez enquanto isso me sobra e finjo que é engano
Vez enquanto se me falta é só a saudade que você me faz sentir
Mas eu paro sim... E sigo, e não me importo com esse leva e trás aqui dentro
Porque é aqui dentro que eu sei que nada mais me importa
Quando eu digo que de você já me basta saber que eu te amo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

No sentimento nu que não segue o corpo
Há o movimento cru que não desgruda da alma.


No movimento pesado das tuas mãos e teus passos desastrados
Há a simetria perfeita do que eu não toco e assim mais ainda sinto,
Do que eu toco e vejo que não é indispensável ao meu ardor...
Pois do toque para o não toque consiste num ponto crucial a mesma firmeza
A mesma moldura do que a alma já pressentia e sentia
A mesma alergia do não estar,
A alegria de se sentir tocar, a disritmia.
Diferença imperceptível aos olhos da alma,
É a mesma diferença inadmissível a qual o corpo sente falta.
Do amor igual, animal com animal que o corpo se julga abstinente,
Pulsando no peito o amor real, igual - diferente do qual a alma se alimenta

Incessantemente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cedo

Mesmo que de fato nunca me escutes
E sempre fujas do meu sentimento
Agora é tarde pra matar o que sou em você
Sempre achei cedo para amar
Mas sempre cedo ao que sinto,
E agora é cedo pra matar o que és em mim.

A sede é mais forte que a água que corre no meu rosto
E não há sedativo pra dor da ausência que me invade
Não há sedativo pra toda essa saudade...
De tudo que eu não pude dizer
De tudo que ainda sinto por você
Agora é tarde pra não saber que te amo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Quase feliz

Não há mais letras
Canções
Alfabeto ou números
Obras de arte.
Apenas por esses milhões de segundos que não passam.
E que mesmo assim vão passar.
E você já não nota,
Eu também não irei notar, vão passar...
Não escreverei mais letras
Mais artes
Canções
Obras inúmeras
Chorarei as lagrimas sorrindo
E todas secarão num rosto quase triste,
Quando eu estiver quase feliz.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Te falo mil coisas sensatas, sei pensar sensatamente... mas não sei deixar de amar alguém que amo por mais que isso seja o mais sensato a se fazer.

O mais sensato dos homens diria que ainda assim sou sensato. Quem ama distingue sim certo e errado só não pode escolher.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Banalidades

Eu sinto sua falta no meu vazio
Quando eu me esqueço do que sentia quando olhava pra ti dentro de mim
Quando bastava pensar no seu sorriso e tudo estaria bem
Porque tudo era sincero como eu sentia
Sincero como eu sonhei que seria um dia
Como eu não pensava que podia te perder
Alguém como você que não encontrarei igual
Que me fez pensar que existia amor
Que me fez esquecer que existia a dor
E o passado era banal
E mesmo agora vejo que nada será igual
Banal é o amor que nasce sem querer ter fim
E agoniza nas azas de uma doçura plena
Pena passageira. (?)
Que vai embora e me leva junto pra o sempre de um modo tão diferente...
Que eu chego a pensar que isso sim é que eu posso chamar de meu
Meu amor um tanto banal... Tão banal quanto essa vida que chamam de real.
Tão real quanto Deus.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

1a Série

Porque eu te amo ainda
E por isso nesse sempre, sempre serás minha.
O teu sorriso, teu cabelo e os traços do teu rosto que sempre soube ler.
Não quero mais descrever o que sei e já vi
Quero viver o que não vivi o que a paixão deixou em pedaços
E eu chamo de amor porque ainda está aqui...
Chamo de meu porque vive em mim
E persiste em crescer da sua maneira mutante
Mundo a fora mundo à dentro de mim...
Eu te amarei no ainda que tudo mude
Ainda que tudo passe
Ainda que não exista mesmo o tal pra sempre.

domingo, 18 de outubro de 2009

Bagunçada

Você não podia ter feito isso
Quebrar meus cristais assim como se fossem copos de vidro
Desarrumar minha casa inteira e espalhar seus lixos
Esconder em baixo dos panos limpos.
Sorrir como se fosse só pra mim e me da as suas mãos... Sujas.
Não mexa nessa bagunça quanto mais você tenta desarruma!
Não sabe mudar nem notou o quão bom poderia ser amar.
Os vidros, cristais macios me cortaram
Os macios cristais, vidros...
Mastigo os vidros,
Vomito cristais...
Macio é o vazio que você não deixou dessa vez.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eu nunca sei o que é você

Não sei se é saudade
Se é magoa
Se é a lagrima que não cai
Eu nunca sei o que é você.

A lágrima que corta
A saudade que cai
A mágoa repetida
São as únicas coisas que eu sei
Todas são uma só de uma vez
Quando eu nunca sei o que é você.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Minha inspiração respira minha imaginação
E é dessa maneira que eu tento fugir daqui
E me encontro mais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ciências

Talvez fosse possível amenizar
Mesmo que fosse impossível controlar-se.
Ser animal é uma característica do ser humano
A racionalidade ainda é uma idéia nova pra nós “seres evoluídos”
Quando se trata de sentimentos somos todos primitivos.

E não há ciência exata que evite de errar
A ciência exata é mais errada que a própria sorte
A ciência humana é a vida
De exata só a morte.

Reprise

E parecia como num filme
A chuva veio bater bem no final da carta
O barulho das lagrimas do céu
Ecoaram por toda casa
Assim como se quisessem ser minhas.
E eu que vivo buscando significado em tudo
Parei e fiquei só ouvindo a chuva
Não precisou molhar pra me lavar
Não precisei ver pra enxergar os pingos úmidos que me cercavam da tua ausência.
E parecia como reprise
A mesma neblina caia
E a mesma mensagem que a água me dizia:
Os pingos úmidos serão orvalhos ao sol.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

(des)Sabores

Quando os gostos ácidos te incomodam
É mesmo hora de lavar a boca
Hora de escovar os dentes
Para quem quer sorrir de novo
Para quem sorri pra você.

É mesmo hora de rever o que você anda comendo
O que está te corroendo
Cuspa fora o que te faz amargar
Engasgar.

Desejo não mata fome
O desejo pode matar um homem
O desejo pode te enforcar.

Quando os gostos árduos te acomodam
Você tem que saber o que comer
Você tem que saber comer
Se vai comer
De qualquer forma
Vai comer você.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cisco

Me da um nó
A garganta surge diante de tudo
Pra que se faça a voz
Deságüe o choro
O rio das verdades puras.
É luminoso no escuro daquilo tudo
O rosto se transforma
Faz-se areia, argila.
E tudo que eu posso dizer-te duvidosamente sereno
-Foi só um cisco.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mesmo que não me deixes ir, se for preciso eu já sei sair
Não digo que não me importa eu também sei chorar
Importa muito e por isso aprendi a partir, não sei fingir
Não dá pra ficar aqui e sorrir, fugir do que se tem
É como correr no sentido contrário do seu coração,
Sair de carro a 100 por hora na contramão.

Não sei ser inocente no meio de tanta indecência
Não sei ser normal e usar panos quentes.

Falta-me ar, eu espirro o que você transpira
Eu inspiro do que me agoniza ver e pasmar,

Em sentir e achar que vi o mar
Sendo tudo onda continua de aparições, deslumbres...

Outras vezes acho que sei tudo sobre esse mundo a qual me condenaram
E prevejo o futuro o presente e vejo o passado dos que me dão um pedaço de si
De tudo nessa vida eu já previ...
Menos de mim, não sou partícula homogênea nesse ciclo
Sou parte do que não sei ainda, sou parte do que não quero saber
Metade do que eu quero viver, exprimindo em versos minha alergia,
Em gestos a minha alma estrangeira buscando moradia.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Simples e complicado

Não é nada complicado
É simples como tudo que eu não digo
Simples como tudo que eu sinto.

Se é ele ou outro qualquer
Você sabe o que quer
Sabe que é simples querer,
Sabe que eu vou sempre lembrar de você...
Porque amar não é complicado pra mim
Só esquecer.

É complicado saber a verdade só de ver
Não dizer, negar é como se quisesse me fazer lutar
Por aquilo que eu almejo como paz.


Se é simples porque não é tão fácil assim?
Eu quero a paz do teu sorriso
A sua mais forte pulsação
Seu coração.
Sempre foi simples e complicado tentar te mostrar
Que eu te amo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dela

Ela só queria a companhia dela
O olhar dela, as palavras alegres dela.
Ela só queria seu carinho, seu sorriso
Sua felicidade que era sua felicidade.
Ela só queria fazer parte da vida dela
Fazer parte dela... Amava ela.

Ela não queria que fosse vício
Não queria ser uma abstinência doída
A falta de paciência nem a compaixão.
Ela sentia amor não era só paixão.

Ela sentiu muita dor quando ela trincou seu coração,
Ela caiu no chão e não chorou mesmo na imensidão daquilo...
Até ali ela ainda buscava o impossível.
Na decepção ela ainda buscava enxergar calma no doce sorriso dela.
Mas a decepção era dela, sobre ela, não sabia mais se conhecia ela...

Ela encarava não dizia nada.
Ela sorria pra ela como se soubesse o efeito de tudo isso
Mesmo porque ela amava seu doce sorriso, mesmo que não fosse mais ela...
Ela estava ali por causa dela, culpa dela e naquele momento o resto não importava
Ela estava ali por sua causa, mas não foi tão culpa dela se ela a amava.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Eis a questão

Não devia pensar tanto
Não devia haver tanto “não devia” em mim
Porque eu passo por frente do que quero
E duvido que seja possível estar ali
Duvido de mim e de tudo que for possível questionar,
Se isso é falta de pureza e ingenuidade, não...
Talvez seja o contrario.

Eu duvido que seja possível viver mesmo estando aqui respirando,
Eu duvido que seja possível morrer de amor, mesmo a sete palmos de um coração.


As janelas estão ali e podem ser abertas,
As portas estão aqui mais vão se fechando...
Eu já não sou mais adolescente
E Não sou velho ainda pra estar caducando e sendo ranzinza
Minha criança existe, meu adulto se (de)forma a cada minuto
E idosa é essa historia de que sempre foi assim.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

( (

Não tenho culpa nenhuma de amar você
Foi tão fácil e ainda é assim
Meu coração pesado não impede que você me leve
Não impede que eu não te siga até que eu saia de mim
Não acho mais o caminho de volta
Não consigo trancar a porta

E mesmo assim eu não consigo confessar
Não tenho forças pra me entregar a ponto de viver
Eu não consigo ser alguém pra te merecer

Só alguém que te ama, isso não basta
Alguém que te adora e isso me sobra
Sentimentos à tona, bombas atômicas
Coração afetado é um campo minado
A qualquer hora ele pode estourar...
Ou nunca mais detonar mesmo batendo.

domingo, 2 de agosto de 2009

Amor

A diferença é que não pertence mais a mim o lado lúdico do amor
Não faço planos, não te digo o quanto...
Não te ligo de madrugada mesmo estando arrasada
Mesmo que a vontade me afogue prefiro nadar.
Eu já gostei muito de dizer o que eu sentia
De transcrever fotografias
De fotografar palavras dentro de mim.
Mas hoje não é mais assim.

Apenas o amor que existe e se transforma
Mesmo sem o lúdico ainda é o único
E mesmo que não haja fantasias e exageros
Ela nunca deixa de ser inteiro
Nunca é trágico ou perfeito
É ele mesmo
Mesmo que não seja possível sê-lo.

domingo, 19 de julho de 2009

Devoção

Você é uma versão perfeita do que eu queria que existisse
O que não existe ainda
É apenas uma versão, uma visão
Do que eu não vejo, não toco, nem almejo mais tocar
Porque sei que é uma versão perfeita
Que o meu toque te desfaz
Minha imperfeição faz o não é mais.
Imperfeito, fico de joelhos
Não é desejo, eu lacrimejo ao te olhar
Imaginar que posso te ver chego a cegar,
Eu poderia não respirar e não falar.
Como se fosse o sol no meu escuro
Seu sorriso que eu vejo puro
Desnudo
Infiel de todas as maneiras
Você não sorri pra mim
O universo te vê e te contempla ali
Como um eclipse
Um milagre, um tormento
E você continua sorrindo e bela
O mundo pode se acabar, estourar uma bomba nuclear
Mas nada desfaz o que nasceu pra ser perfeito
Nem meu olhar de pulsação
Nem minha paixão
Meu ciúme do mundo e do teu universo
Minha raiva de mim por ser tão tolo e beato
Nada disso destrói o infinito do teu sorriso...
Só sei te olhar não tenho no que acreditar.
Meu amor desnudo
Pura devoção
Talvez eu só precise de um milagre
Ou de um beijo.

climax

Nem todo segredo meu você sabe
Engano seu me contar o que você não tinha
Engano meu ser o tenho que você dizia.

Nem todo medo meu eu fujo
Engano meu achar estranho
Você dizia - eu morro de medo do escuro
Eu sorria achando besteira,
Brincadeira pra fantasiar
O filme de terror que você não quis olhar
Eu vi.

Engano meu achar seu drama engraçado
Fazer comédia do seu terror.
Nem todo segredo seu eu sabia
Nem sei.

Me fez descobri que existe terror em cinema mudo
E que eu também tenho medo do escuro
Onde você não esta me sorrindo.

Meu drama, eu sei, você não deve sorrir agora
Engano meu amar o que você não tinha
Engano seu não ser o final feliz da minha novela argentina.

sábado, 18 de julho de 2009

Nada tão bonito

Não quero escrever nada que seja tão bonito
Nem que me faça tomar os fatos acon-tecidos de maneira delicada
De modo que pareça uma figura de linguagem, objetos iluminados.
Não quero escorrer lagrimas nesse papel, nem puxar as nuvens do céu
Fazer com que a lua cresça e o mundo morra de coração crescido.
Mas é tudo que eu tenho vontade de fazer, tudo que eu não preciso...
Quando me lembro de você a tempo de nunca esquecer,
Quando eu queria rir pensando em algo entre nós, até do que não aconteceu.
Não eu não deveria sempre fazer isso, desenhar o céu no chão da sala
O inferno na dança do belo e a fera.
É complicado assim, e parece errado.
Não vou transpor meus sentimentos mais uma vez aqui
Dizem que passa, que extravasa, diminui
Mas eu só sinto que flui, transborda e não para de fluir.

- Para de escrever, quebre a ponta do lápis e o lápis, ele ainda vai existir.
Rasgue o papel e não veja as letras, os riscos, jogue- os no lixo
Ainda vai existir, tudo que você escreveu lá estará pra sempre.
Tente fugir
Se esconda de si
Você saberá sempre da sua fuga
O esconderijo foi feito com aquele papel rasgado
Aqueles rabiscos enrolados e o lápis quebrado
Que eram do poema que você tentou abafar no seu grito
Que você não queria mais dizê-la nem descrevê-la
Nada agora deveria ser tão bonito
Os olhos de amor que você sonhou que viu,
Fumaça de tudo que você tentou queimar
Refletidos na vidraça queimada do seu olhar
- pare de escrever!
Nada nunca deveria ter sido(visto) tão bonito.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Verdade

Preciso ter o mundo como tem uma criança
Ver o mundo com olhos de esperança
De que a vida não acaba nunca e somos sempre jovens demais
Pra pensar no que é oculto, pensar que temos que plantar um futuro.
E que se for pra plantar que seja com alegria a fantasia de que tudo sempre dará certo
A harmonia da amizade dos que acreditam em amigos pra sempre, de verdade.
Uma arvore cheia de folhas que respiram e purificam nosso mundo
Uma flor pra mostrar que a cada dia nascem novos frutos da coragem
Dos que acreditam e são julgados tolos por sua ingenuidade
Mesmo crucificados não abandonam o que sempre conheceram como verdade.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Quem ama perdoa.
Quem ama?
Perdoar é ser divino ou é ser otário.
Quem perdoa, perdoa o que?
Ninguém perdoa o que aconteceu
Fatos são descartáveis
O que se perdoa é o fato de se amar sem limites,
O fato de que não se pode esquecer mesmo que a deixe ir
Mesmo que ela queira ir.
O perdão veio junto no pacote dos que juravam ser fortes
Dos que não choram, não gritam quando arde.
Quando você ama ninguém te pediu esse desconcerto perfeito
Você amou, se doou, sorriu e secou os olhos sem lagrimas visíveis
Ninguém te pediu isso.
Quem perdoa o imperdoável?
Apenas os que amam no inacreditável
Os que perdoam sem que aja se quer pedido de perdão
Os que sentem a necessidade de olhar por dentro dos olhos
Cegos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Eu sonhei que era sonho
Aquele pesadelo.
Onde você estava que eu não te via?
Não era você aquela menina.
Eu sonhei que você me falava
E era tudo que eu queria escutar
Mesmo no escuro eu via luz
Mas eu sonhei tudo outra vez
Em um pesadelo acordei.
Via você sorrindo quando nem imaginei...
Era outra pessoa
Outra vida, numa mesma esquina de verdade
Dei com a testa na quina, quebrei a cabeça.
Furei meus olhos que choraram,
Queimei meu coração sangrado.
Quebrei a luz que na verdade não estava acessa
Sentei a mesa e sorri como se fosse um bom dia
Mas eu não sorria, eu sorri pra ti...
Parti entrelaçando meus medos
Refazendo minhas malas sem teus beijos
Me despedi com as mãos em teus cabelos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Fome

A saudade em si me consome
A saudade de ti que me come
Me perfura o abdômen me da fome
E nada muda seja lá o que for aqui dentro.
Eu como o que tiver pela frente
E mesmo assim passo fome
Desnutrido,
Desiludido
Eu bebo tudo o que for liquido.
Mordo os lábios,
Desidratado
Mal começado
Acabado.
A saudade excede em mim a fome
A sede
A falta exacerbada de você.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Chega de fingir

Eu quero conversar com você
Até raiar o sol
Estar com você até que o sol escureça
A lua permanecerá sobre nós.

Eu quero andar na rua sem saber pra onde vou
Se for com você sempre será um bom lugar
Onde você me levar estarei lá.

Eu não quero mentir e dizer que não é verdade
Os mistérios que existem entre nós
Não é mistério pra mim, gostar assim
É um mistério sem fim amar tanto assim.

Eu quero sentir seu sorriso mais uma vez
Aquele olhar que você fez, que você me traz
Não foi difícil pra mim, gostar tanto assim
E não é fácil mais uma vez...
Insensatez.

Não é barato todos acharem que vivo em pecado
Mas não me jogo fora pela pouca esmola da falação
Se eu tenho você no coração, então porque não?
Se eu sei que eu também estou ai, porque fingir?
Eu quero namorar você até raiar o sol
Beijar você até que o sol anoiteça
O amor permanecerá sobre nós.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Meu tesouro

Quantas vezes eu vou ter que me perguntar os porquês?
Quantas vezes eu vou ter que quebrar meu coração...
Como um cofrinho sem poder usar o que tem dentro.
Jogar fora, esconder em baixo do tapete o que não tiver força própria de se destruir.
Um porquinho, meu tesouro, nada caro...
Tudo vai se esfacelando e ficando cada vez mais raro
Dentro de mim.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Apenas mais uma menina tímida

A porta da casa estava aberta, mas não adiantava
Ninguém entraria ninguém conseguia se aproximar.
Era muito alto pra chegar e fundo demais pra se atravessar.
Era como se fosse uma ilha...
Um barco no meio do mar
O coração daquela menina.

Ela olhava para trás em vão
Só barulhos de maresia, chuvas e tempestades
O seu teto já não era tão resistente como antes...
Respingavam gotas e já havia possas lá dentro...
Em outros cantos da sua enorme mansão marítima
Havia morros de areia
Ninguém sabe ao certo porque e como apareceram ali
Era como se a superfície estivesse próxima
Mas ela não via nada...

Até mesmo nos morros ela tropeçava sem perceber
E quando os via ficava um tempo pensando, tentando compreender...
Ela não sabia por que estava ali, não lembrava mais.

Tinha muito medo de se afogar quando era criança
Sempre preferia brincar na areia da borda, nunca foi além.
Aquela sim era uma menina tímida...
Ela cresceu tão rápido que mal se lembrava da semana passada
Só enxergava a mulher adulta naufragada no meio do mar.


Mas o mar era dela e ela não percebia
O mar era ela, e ela não sabia.
A casa, a areia e as possas
A porta aberta pra lugar nenhum...


Certo dia choveu demais
A casa era grande, mas não maior que a tempestade
A areia que aumentava a cada dia ia tirando os espaços
Tanta areia que criou insetos se alastrou o cupim
A menina continuava ali
A porta aberta e não (há) via saída,
Ela não via a vida com seus olhos de maresia.

A tempestade levou o teto e quase tudo que restava...
O cupim corroia cada vez mais às bases daquilo que ela chamava de casa.
Ela chorava e fingia fechar as janelas já caídas
Ela sorria fazendo sua última cama de areia movediça.

sábado, 13 de junho de 2009

Contraventor

Eu não vejo nenhum problema
Em ser contra lei
A lei de quem?

A lei dos homens, de algum contraventor
Alguém que disse
Faça o que eu digo não o que eu faço!

Meu país de terceiro mundo
Primeiro lugar no tráfico de “bons conceitos”
Pais multirracial primeiro lugar em
Multipreconceito.

Dizem que meu passado é negro
Que eu não ligo, não participo
Minha família presa os bons costumes
Eu também, mas não os mesmos.

Eles estão bem acostumados a serem comandados
Eles estão bem acostumados a terem o poder
Eu sou mal acostumado, mal interpretado
Mesmo julgado, culpado...
Mãe desculpa ninguém vai me convencer!
Sou contraventor
Contra lei dos que querem me conter.

Vicio

Eu fumo com você se for preciso
Eu finjo bem ser seu tipo
Entender seus vícios
Sem achar estranho e até gostando.

Eu fumo você e vicio
Um cigarro sem marca nem lacres
Sem fumaça, só fogo.

Eu bebo uísque puro
Eu derreto seu gelo e não peço água.
Eu tomo na taça,
Na boca da garrafa.

Eu desejo seu corpo, seu gosto
Como se fosse o ultimo Black
O ultimo trago,
Ficando tonta
Na minha boca...
A sua.

MARavilhoso

Um mar pra lembrar que viver é surreal
Mesmo sendo onda
Sendo planta.

É da nossa natureza ser grande
A gente nasceu pra ser maravilhoso.

Eu sozinho de frente ao mar
Coisa mais linda eu posso ver, sentir...
Como é possível não ser feliz aqui?

O mar de frente a mim maravilhoso
Também tem seus dias de ressacas
Mas logo vem à calmaria, logo vem...
Como se quisesse me dizer
Como eu não posso ser feliz ao ver você?

domingo, 7 de junho de 2009

Janelas

Sua janela aberta
Uma porta fechada pra mim,
Um dia a mais
A menos pra esquecer.

Se o vento bate
O calor ainda arde...
Mas eu ainda posso respirar.
Até sem ar eu vivo melhor assim
Sem você.

A Janela entre aberta...
Eu passo de olhos fechados
Mesmo podendo ainda ver tudo
Só olho pro alto.

Prefiro que seja assim
Mesmo que ainda aja uma fresta entre nós
Eu você e a janela,
Fica ai, olha pra fora!
Fico aqui, saia de dentro de mim!
To fora de você.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Reflexos

Quantas vezes eu disse que amei você?
Quantas vezes, não pra te agradar
Mas porque eu precisava desse desabafo.
Quantas vezes eu chorei olhando pra você?
Mesmo que você não pudesse me ver,
Do outro lado da cidade ou face a face.

Quantas vezes eu te disse isso?
Quantas mil vezes eu sorria e chorava
Acreditando nas tuas tolas mentiras?
Ia dormir soluçando e inacreditavelmente feliz.

Quantas vezes eu morria todo dia?
Calava, não gritava e tudo ecoava em mim.
Esse sentimento não escapava apesar de tudo.
Eu nunca pude entender por que
Se eu vivia sem você, todo aquele tempo
E sempre te sentia ao meu lado.

Sempre tinha em mente que nada nos separaria
Nem a sua imaturidade sem noção
Nem o tempo que por mais, passávamos sem nos ver
Falar ou ouvir, nunca deixava de sentir isso.
Tempos depois eu te via...
E era como se tudo se confirmasse dentro de mim
Mais uma vez eu acreditava no nosso amor
La no fundo eu sempre acreditei, todo aquele tempo.

É eu cheguei até ir do outro lado da rua
Fingia tão bem que poderia ver outras paisagens
Que até eu acreditei, eu vi!
Mas deu no mesmo, foi espelho do que eu já passei...
Reflexos do passado.

Todo aquele tempo foi assim,
Você e reflexos do que eras pra mim
Agora estou refratando.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Rir de mim

Às vezes é muito sem graça
Ter o poder
Fazer o que quiser
Se controlar
Se masturbar
Eu não vejo graça nenhuma.
Eu quero mesmo é errar
Tropeçar
Cair de boca
Experimentar.
No fundo do poço também há vida
Nem todo buraco é tão ruim assim...
Eu quero sim subir
Mas descer também faz parte.
Do umbigo pra cima,
Pra baixo é mais interessante.
Às vezes chorar é bom
E não venha rir de mim
Não tem a menor graça.
Às vezes sorrir estraga o rosto
Eu não sou sério
Prefiro ser palhaço
Mesmo que tudo pareça tragédia
Eu faço comédia
Romântica.
Mesmo que tudo pareça comédia
Sou assim, faço drama
Mas não venha não se for pra rir de mim
Não sou filme pra você ver
E nessa sessão eu já barrei você.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Observação

A chuva não me molha mais
Não choro por você
E nem lembro mais o que é sentir frio.
Eu olho para lado não tenho ninguém
Olho pra dentro
Sou minha.
Olho pro sol
Se choro é por não querer cegar
Mas eu prefiro ser cego
Do que andar de guarda-chuva
Óculos escuros,
Camisa de força,
Remédio controlado.
Eu não me molho por qualquer garoa
Meu corpo é minha capa protetora
Da alma que se afoga de pensamentos.
Meu olho nu
Observa, filtra, analisa
Tira a roupa do mundo e vê,
Presencia essa cena de sexo explícito que é a vida.

Eu não mudo

Acordo cedo e sempre durmo tarde
Pensando no amanha no que fazer da minha vida
Esqueço de tudo quando penso em você
Esqueço do mundo, eu não tenho futuro.
Eu acordo e continuo sonhando acordado
Todo dia... eu não mudo
Mudo de cama, de roupa de lugar
Mas eu nunca durmo cedo!
Nunca penso que é tarde para amar
Eu sempre levo murro
Eu não aprendo
Eu me prendo é sempre assim
Eu morro por ti, eu mato
Ninguém sabe o quanto sou
Romântico
Disfarço muito bem
Nunca disse eu te amo
Durmo tarde te amando
Acordo cedo sem você aqui
Não dá pra disfarçar.
Você não sabe o quanto sou
Sozinho.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Não está mais

Agora quando você entra, eu não vejo mais
Mas mesmo assim eu noto quando você não está mais aqui...
Porque você não está mais aqui
E você ainda está em mim todo esse tempo,
E vai ficar um pouco mais.
De um jeito diferente, indiferente, brincando de esconde-esconde dentro de mim
Até que eu não te ache mais.
Conto até mil, não olho pra trás
E você não está mais aqui todo tempo,
Não está mais o tempo todo.
Conto mais um pouco se quando te acho é só pra me perder,
Não quero mais, por isso contarei sem parar não importa, até um milhão!
Quero mesmo é te perder e recuperar os espaços vazios do meu coração

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vá embora

Vá embora, pois eu não consigo ir
Deixe-me, mas não me esqueça nunca.
Não falo de amor agora, agora não
Eu já falei demais.
Eu só peço que você não fique
E que nunca se despeça
Finja que não me vê
Finja que eu nunca amei você.
O que eu não te peço é o que você já faz muito bem...
O egoísmo cego de quem não sabe amar alguém.
Olhe agora como nunca pôde ver, nem verás!
Agora é o fim desse meu eu enlouquecido
O final que eu tanto sabia, mas eu sempre quero estar errada.
Vá embora, e não me digas o quanto eu sou esperta ou inadequada.
Não diga nada apenas me escute, você terá o meu silêncio pra sempre.
Foi um prazer te conhecer?
Engraçado como eu nunca pude dizer-te isso.
É mesmo assim eu mesmo não acredito mais em mim
Pois eu já estou aqui te esperando chegar, mais uma vez!
Penso... como posso ser tão idiota?
Penso como seria bom se você atravessasse aquela porta.
E é por não acreditar em você que eu sei que isso pode acontecer.
É por não acreditar em mim que eu evito te ver.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ilusão

Não há outra forma de sentir?
Outra forma de agir...
Sentimentos baixos me corrompem
Horas me esqueço do que escrevo
Como fuga do meu ser
Fuga de viver.
Mas não me escondo por muito tempo
É pouco demais, mal da pra sorrir.
Mal posso viver me escondendo.
Quando me descubro tento me afogar
Mas o mar é pouco demais pra mim.
E qualquer onda que me leve à felicidade
Descubro cedo ou tarde que era só maresia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cinza

Cinza é a cor da minha roupa
A cor do tempo
A cor das cores que eu não posso ver.
O muro da minha casa sempre foi verde
Talvez por buscar sempre esperança
Sem saber que muito verde desgraça a novidade.
Muito verde é nenhum verde
Muito verde é inverdade.
Tudo é cinza, tudo ao meu redor,
O mundo não é azul é uma bala de revolver...
Cinza.
Meus olhos nada colorem no hoje
Meus olhos já foram mais vivos,
Mais coloridos...
E o mundo que eu buscava
Arco-íres...
Não existe no meu presente.
Cinza, tudo cinza.
Talvez eu precise ir ao oftalmologista
Talvez um cardiologista...
Tudo não pode ser tão cinza assim pra sempre...
Quero transformar em cinzas todo esse cinza
Só preciso de novos olhos,
Novos verdes...
Novos veres.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Amizade

Eu te digo a verdade
Relembro-te que ainda há tempo
De reatar os laços que por mim nunca foram cortados
Faz muito tempo e é pouco pra quem acha que a vida não é curta,
Eu sei, ainda não sou completamente madura e nem você, preciso te dizer...
Não sei o que se passa, mas você não parece ser à mesma,
Não sei o que aconteceu, mas parece que aquela menina que eu conhecia morreu...
Ou será que nunca nasceu?
Eu prefiro acreditar que nada é em vão, que tudo pode acontecer...
E que o amor no fim sempre vai vencer!
Eu sou patética quando falo de amor
Eu sou patética quando amo.
Quem não é?
Tento ser “grande” o bastante, busco coragem não sei de onde...
Pra te falar que não vale a pena nos deixar pra lá
O que vale a pena é você esquecer as suas birras...
Lembra sempre... Nós não nascemos da mesma mãe
Mas eu sou mais que sua irmã
Eu sou tua amiga.

Por mais um dia

Foi você quem quis assim
Fez de tudo pra se afastar de mim
E aquela nosso historia de mais de quatro anos
Foi resumida em uma só palavra: engano.
Como eu posso dizer que não sinto falta de você?
Eu estou longe de você se você se sente melhor assim
Eu estou distante de você já que você nunca confiou em mim
Mas como eu posso afirmar que não te perdoaria?
Eu estou longe de você por mais um dia
Se era isso que você queria...
Eu nunca quis te julgar muito menos te culpar
Todo mundo erra, todo mundo já fez algo errado!
E eu que sempre te perdoei sempre te aceitei, você sabe que te amei...
E como eu posso afirmar que não te perdoaria?
Você nunca foi perfeita, mas eu também nunca fui,
Sempre te dei o melhor de mim, mas me perdoe se não foi o bastante pra ti.
Eu pensei que poderias ser um pouco mais tolerante
Por falar em errar, nós até já erramos juntas, já fomos amantes!
E como eu posso acreditar que você não sente falta de mim?
E eu que pensei que você também sempre me perdoaria...
Mas se quis assim estou longe de você por mais um dia
Se era isso que você queria...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Lembrança/Sonho

Faz falta teu olhar...
Teu sorriso embevecido
Outras vezes tímido
Que me intimidava.
Faz falta tuas palavras,
Tua voz
Teu vocabulário
Tuas explicações prolongadas...
Teu “não entendo nada”.
Brincadeiras, gargalhadas...
Coisas que me deixavam sem graça...
E cada vez mais apaixonada.
Ria de mim como quem rir de uma criança
E eu infantilmente ainda tenho esperança
De te ter a sonhar nos meus braços.

Rir tristeza!

Eu não to a fim de escutar a chuva
Essa orquestra tão afinada
Que me cega e me deixa surda
De tão perfeita e eu tão errado.
Não to a fim de sair na rua e ver o sol
Como ele brilha como é único
E eu mais um vagabundo no meio do mundo.
E a lua?
Eu saio à noite, mas é de cabeça baixa.
Eu tenho vergonha da sua grandeza
Eu tenho vergonha da sua beleza...
Minha tristeza...
A tristeza rir pra mim
Rir não é sorrir e eu não lembro mais nem como é isso
Apenas choro.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Mas é

Eu não gostaria que fosse assim
Mas é
Você e sua importância
Petulância
Achou que amor se tinha com arrogância...
Ignorância...
Eu não gostaria que fosse assim
Mas é.
Há um silêncio que nos abraça
E há o abraço que nos cabia sempre...
E hoje nos falta.
Eu não gostaria que fosse assim...
Mas é.
Eu e meus erros, meus apelos...
Minhas palavras enroladas
Minha vida estabanada...
Eu não escolhi ser assim
Mas sou.
E a importância que eu não dou a minha própria vida
Eu me dôo a tudo que chamo de amor.
Eu não gostaria de ainda amar você
Mas amo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Bem que você podia

Bem que você podia me entender
Aquecer-me mais uma noite.
Vamos, fique aqui comigo!
Quero te dar o céu!
Deixe-se ficar... O céu quer nos olhar!
Não vá agora a lua acabou de surgir
E ela veio aqui só pra nos assistir...
Hoje é cinema, seja minha, minha estrela.
Dê-me mais um beijo que eu te dou mais um tanto do meu amor
A cada suspiro a cada falta de ar...
Dê-me mais um beijo, deixe eu te beijar.
Seja meu amor, meu bem.
Bem que você podia me amar.

O mundo todo é meu

Eu saio por ai de noite procurando meu dia
Alguma alegria momentânea, passageira.
Pra que eu não me esqueça de saber por quê...
O mundo é todo meu mesmo eu não querendo tomar posse
Mesmo que eu pense em morte ele se mostra todo meu.
Ate um deus eu tenho, pode crer, eu tenho fé!
E eu saio a pé com minha sandália havaiana
Não caiu do salto mesmo não tendo grana.
Eu vou pra festa alternativa eu curto MPB, musica eletrônica.
Eu me divirto e fico deprê em qualquer lugar
Mesmo por que eu ando por aí sozinha...
Procurando meu dia, procurando felicidade...
Que nem precisa ser muita, nem inteira é passageira, metade!
Levo tudo na brincadeira até mesmo minha tristeza
E é ai que me lembro que o mundo é todo meu
A vida é toda minha só minha.
Às vezes é mais melancólico ser indireta a tristeza
E cantar pela felicidade
Andar pela cidade olhar para todos os lados ver imensidão
Entediada, olhar para baixo, ter solidão.
Pois eu sei, eu tenho todo o mundo,
O mundo todo é meu
Menos você.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Rotina

Naquele momento em que me aproximei
Percebi porque quis ir até ali
Eu estava na minha, você não me viu
Você não me olhou, eu estava na sua.
Naquele momento em que me apaixonei
Eu vi no teu olhar tudo que eu não podia imaginar
Eu estava na minha, embriagado por aquela menina...
Eu estava na sua sonhando acordado com você.
Viajei muito alto, paguei o maior preço que poderia ser pago.
Não amei por prestação e acabei perdendo com juros meu coração.
Perdi pra aquela menina, sorriso fácil seus olhos claros...
E lagrimas de quem quer outro alguém do seu lado.
Perdi pra aquela menina e hoje faz parte da minha rotina pensar em você.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Quem eu sou

Eu to exausta de ser quem eu era
Eu quero ser quem eu sou.
Independente do que aconteça
Que aconteça, eu não me importo!
Difícil é viver num inferno que dizem que é criado por mim.
Difícil é ainda por cima ter que por vezes concordar com isso.
Ser quem eu era ontem e antes de ontem e há anos atrás...
Eu não quero me mudar de mim quero ter aquilo que me cabe
Espaço vazio dentro do peito faz mal ao coração...
É quase letal, e será letal continuar assim...
Eu não posso sorrir agora, mas também não quero chorar.
Eu to exausta disso tudo!
Não vou mais me lamentar, não dá.
Não quero ser mais quem eu era
Quero ser quem eu sou.
Quem eu sou pra você?
Eu não me importo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O que fazer?

O que eu posso fazer?
Pra ter a minha paz de volta
Ter você de volta, te encontrar.
Todo dia eu durmo tarde e acordo cedo com um aperto no peito,
E é algo mais forte que a saudade...
Porque você se foi, mas não levou minha solidão.
Se foi e levou parte do meu coração.
E eu sei que é por isso que eu acordo todos os dias com essa dor
Apertando tudo que é sentimento dentro de mim...
Em todos os nomes que grito você não está
Eu não te chamo, mas eu nunca disse que você poderia ir...
E eu sei que é por isso que você não foi inteiro
Tenho sim um pedaço do teu coração aqui.
E não sei mais por quanto tempo vai ser assim.
O que é mais cruel?
Fazer de tudo pra que o tempo passe pra esquecer um amor
Ou passar a vida toda sentindo saudades, dor?
A dor da ausência dos que queriam estar presentes
Ou a dor da dormência, se sentir indigente.
Eu não sei, eu queria que meu choro fosse solução para tudo.
Eu queria não chorar.
Queria abrir os olhos e ter você aqui comigo.
Queria poder escrever mais sobre a felicidade.

sábado, 25 de abril de 2009

Desatino

É na arte do desatino que eu faço tudo (errado)
E boto culpa no destino.
Desatino esse meu de me desmandar...
Desmembrar em mil pedaços,
Mil bares, mil lugares onde eu te vejo e não te acho.
Me rebaixo, me castigo, pinto meu nariz...
E ainda finjo muito bem por ai que sou (in) feliz...
Resmungo mais uma vez, a culpa é do destino...
Eu quero ver quem sabe se curar
Eu quero ser quem pode me curar
Quero ver você melhorar
Desse mal que é um querer bem, amar...
Não sei que bem, não sei por quê...
Sou desatinado meu bem...
Desastrado, desmiolado...
Só nunca fui destravado.
Só na arte do desatino que eu falo tudo sem pensar...
Me declaro e reclamo sem gaguejar,
Faço as malas, nem digo tchau nunca gostei de despedidas...
Falo tudo, faço... e ponho a culpa na bebida.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Por amor eu vou

Se vale a pena eu não sei, eu não sei...
Eu sei que amo, eu sei que quero,
Eu sei o que sinto e se pedir eu te espero
Eu sei que é amor e por amor eu vou...
Por amor eu fico aqui, por você.
Por meus sonhos de ter você na real
Ser seu amor amigo namorado,
Ter você pra sempre do meu lado
E é por amor, por amor eu vou...
Eu vou onde quiser
Vou te conquistar, vou cantar mil vezes que eu te amo.
E que hoje você pode pensar que é engano, encanto,
E eu engulo o choro e fico calado, sorriso amarelado,
Mas eu sei que amanha você vai me ouvir
Vai me sentir, vai me ver,
E eu não vou mais chorar escondido
Vou ter você comigo, te mostrar o que é ter amor de verdade,
Vou te levar pra felicidade e ficar aqui com você.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Arriscado

Se eu não estivesse com tanta dor de cabeça eu até arriscaria fazer uma música...
Uma música feita só pra você, só pra eu cantar e lembrar de você.
Você como eu te vejo você como é pra mim, como eu sou todo pra você.
Se eu não estivesse de mau humor até arriscaria ter te ligado, levado àquela flor,
Naquele dia que não existiu, aquele dia que eu não te vi e você não me viu.
Se eu não estivesse tão triste até arriscaria cantarola com essa letra uma melodia...
Como se você estivesse aqui, e a noite se fizesse dia, se viesse aqui seria.
Eu ate arriscaria dizer que te amo se eu não estivesse tão triste e eu tivesse a musica e a melodia...
Eu até arriscaria te amar e ver você raiar meus dias.
Eu até arriscaria ser feliz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Para os meu amigos

Eu sou eu, nunca mudei completamente, nunca fui como sonhei...
Mas sou assim e tem quem goste de mim.
Sou dos meus sonhos, das emoções, sou da vida.
Adoro sorrisos, beijos e abraços mas não pra todos os lados...
Sou do lado do verdadeiro, do sincero do inteiro.
Sou de todos que ja me deram parte, sou dos meus amigos de verdade.
Sou dos amores que ja vivi, sou deles pois todos estão em mim.
Sou dos dias de sol dos dias de chuva,
Hora me sinto clara, hora preciso ser turva, curva, reta, dura.
Sou só comigo... sou mole sempre com quem eu amo, com amigos...
Aqueles que considero pra sempre eu levo e quero comigo!
Há Aqueles que ja se foram pro além, há aqueles do além mar...
E Há a aqueles que o tempo mudou a alma, a calma e desses eu sinto muita falta...
Os que no hoje só se fazem presente no além do meu amar.
Hoje sou como ontem mas respiro mais fundo, tenho mais caltela,
Quero que saibam que eu não sou eu apenas por mim mas por todos que estão e já estiveram aqui,
E os amigos de hoje eu os quero pra sempre, os quero presente,
Não os quero nos meus próximos versos de despedida,
E se partirem que seja pro além mar e voltem pra me visitar
E se partirem saibam que nunca partiram de mim, do meu coração
Eu sou assim, eu sei que tenho meus lados ruins meus pontos fracos
Mas se vêem algo bom em mim se vêem alguma virtude se quer
Saibam que fazem parte disso, fazem parte da minha alegria da minha boa vontade.
Eu quero dizer que amo vocês de verdade e eu sei que o nome disso é amizade.
Um dia eu li uma frase que dizia: a amizade é o amor que nunca morre.
Eu achava algo tão simples, tão bobo e eu achava que tinha mil amigos.
Hoje muitos se foram, quase todos, a infância a adolescência fez questão de descartar...
E hoje eu pensei mais uma vez naquela bendita frase: A amizade é o amor que nunca morre.
Hoje poderiam me dizer apenas assim... "A amizade é o amor" que eu entederia perfeitamente.
Eu sou assim... Eu amo vocês meus amigos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Amores visíveis ( estrelas )

o dia vazio é sem inspiração.
se não vês a nuvem não olhastes pro céu de verdade
Então nunca poderás ver o sorriso da estrela,
e se algum momento a estrela te viu, não importa...
Porque ela estará lá e alguém um dia a verá no céu.
O brilho das estrelas nunca será em vão!
estrelas são amores visiveis...
não morrem nunca, milhões de anos...
E até as cadentes, só fingem cair pra chamar tua atenção!
Estrelas são como amores...
amores são como pessoas...
amar é estar nas nuvens perto das estrelas, entendeu?
então porque você esta ai chorando jurando que é amor?
olhe pro céu mais uma vez.

Mentiras

Eu nunca mais vou fazer isso,
Nunca mais vou fazer aquilo,
Nunca mais vou te ligar,
Nuncam mais vou atender,
Nunca mais vou te olhar,
Nunca mais você vai me ver!
Te tocar nunca mais, nunca mais...
Me tocar pensando em você, jamais.
Te amar é um pecado pra qualquer um,qualquer uma...
É o paraiso na terra é o inferno garantido!
E desse mal eu não me atinjo, não corro nenhum risco.
Pecado ou não pra mim você não é nenhuma tentação.
Diga sim pra mim, pra você eu digo não.

sábado, 18 de abril de 2009

reluz

mas se reluz e brilha demais...
fecho os olhos, não adianta, não me deixa em paz.
Porque reluz e não é luz que se veja aos olhos,
Não é luz que se perca dos olhos...
E eu não consigo ver o porque, não consigo enxergar...
E chega dói na vista e no juízo como um grande gole de pedrinhas de gêlo.
Algo que não derrete e pega fogo.
Algo que não se pega mas se sente, dormente.
clichê seria dizer mais uma vez que eu não posso evitar...
Não estou pedindo que você me leia...
Não estou pedindo nada.
aproveito da luz que hora me apaga,
a luz que também se aproveita de mim!
e essa não é uma troca muito justa, eu não acho!
Afinal de contas eu sei que sou eu que vou acabar pagando a conta.
É por conta própria que reluz e por minha conta.
Reluzente e ausente se faz presente...
meu escuro meu claro que só eu reparo!
não é pratico, nada disso é tão pratico assim.
E eu não pedi pra que você lesse isso até aqui.
sorria como sempre e tenha somente e sempre sua dor...
se sinta sempre superior e ria de tudo que julgas jamais ser do teu valor.
e que se dane toda e qualquer luz exterior ou interior...
Use rapidamente um interruptor.

Um banho de chuva.

hoje eu só não saiu sem rumo porque tenho medo da chuva...
Um medo tão sem nexo quando tudo que eu me meto é perigoso!
Ah se tudo que fosse perigoso fosse um banho de chuva...
Eu não estaria aqui agora lamentando o invisível.
Com medo de me perder dentro de mim e não conseguir sair.
Dentro de mim muitas vezes não me parece tão bom como poderia...
Estar dentro de mim é estar fora do meu juízo, fora do ar.
Fora do ar e buscando voar...
mas eu estou presa no chão, estou presa a mim mesma
a o que eu acredito tudo o que eu não desminto.
Talvez tudo que eu não precise agora seja ficar em casa...
Um perigo a mais tanto faz, que seja visivel ao menos...
Um banho de chuva, quem sabe, me cairia bem.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Tradução

E se ela perguntar por mim
Diga que eu estou bem, melhor do que nunca.
Diga que eu me divirto e saiu todos os dias distribuindo sorrisos.
Diga que me viu numa festa dançando no ritmo da musica mais animada...
Que nunca me viu chorando e que se eu chorei foi de feliz, muito feliz...

Diga que eu tenho muitos amigos e amigas e não sabe quando vai me ver
Diga que me encontrou por acaso num lugar bem badalado e que eu estava bem, muito bem acompanhado.
Diga a ela que não há o que dizer e que é melhor ela não me ver é possível não me reconhecer...
Diga que aquele tempo pra mim é como se fosse anos e que eu não mais a amo...
Fale tudo que for preciso diga que eu me mudei que eu morri...
Qualquer coisa pra ela não vir aqui rindo me cumprimentar,
Qualquer coisa pra ela não me ver assim e não me perguntar se ta tudo bem
Porque eu sei que ela vai saber que ainda sou eu que estou aqui,
Ainda sou eu que estou pensando, e batendo a cabeça na parede,
Pensando no seu sorriso de chegada ou partida...
Pensando no seu olhar de água de lagoa de praia...
Esquecendo todo o resto do mundo,
E o resto do mundo desejando que fosse ela...

Que se eu fosse uma estrela eu brilharia mesmo sem mais existir
E mesmo que pra ela eu não exista guardarei sempre seu brilho, amarei sempre seu brilho.
És estrela cadente que nunca cairá, nunca cairá.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Manifestação

Sem respiração e ofegante,
Como que o que eu respirasse fosse qualquer coisa...
Menos oxigênio.
Quero gritar tudo isso, quero poder chorar.
Quero dizer, quero que possam me entender.
Ver-me, manter-me aqui no meu lugar sem me sentir um estrangeiro.
Ser daqui e amar meu mundo inteiro.
Encontrá-lo em mim e além...
Agonia não, não devia em nenhuma língua rimar com alegria!
Quando tudo que eu sinto é sem descrição,
Seriam mil linhas, mil coisas parecidas...
Nada seria igual referente ao que sinto agora.
Papel, caneta, tinta...
Pintura, música ou poesia...
Não, eu não quero ser um artista nem pretendo manifestar algum tipo de arte...
Só o que quero é poder expulsar de mim esse antigo eu que sempre me invade.

Destino

Meu nome é Destino, eu sou tudo que se pode ser!
Eu sou você ontem, hoje e serei mais uma vez amanha...
Sou seu pai sua mãe sua crença sua diferença.
Tua pista teu caminho, desvio, tua chegada.
A desgraça o choro o porto.
Tua saída a entrada o fim do poço a luz no fim do túnel.
Tudo que você precisa, o supérfluo o irremediável.
A guerra a paz, tudo o que fez, tudo que faz.
Sou o certo, pois não existe errado nem incerto, não há acaso.
Acreditem ou não em mim no fim sou eu que dou todas as cartas!
Acreditem ou não em mim... E no fim...
Sou eu que não sei se vou continuar com vocês.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Exceção

Se for errando que se aprende, eu já devo saber muitas coisas.
Se for chorando que se lava a alma a minha deve estar límpida.
Mas ainda assim eu me sinto pasmo, não entendo, não é claro...
A cada dia eu creio menos em conceitos, regras e em filmes.
Não ha regra, tudo, tudo que se vive é exceção!
A única regra geral que não se foge é a morte.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Haverá

Eu gosto de você mais do que eu poderia imaginar
Mais do que eu já gostei um dia, do que meu olhar possa dizer...
Muito mais do que meu coração possa entender.
E é por isso que eu não tenho mais medo de dizer tudo isso
Mesmo que ninguém compreenda mesmo que a vida me repreenda.
Se tudo que eu amo e que eu quero possa parecer errado...
Não sou culpado, eu apenas amo, independente de ser amado.
E se não for pra ser assim o tempo vai me dizer
O sol me iluminará a chuva cairá forte sobre mim...
E meus olhos e sentidos verão que as flores não caem todas no outono,
Há verão e flores em qualquer estação.
Haverá sempre primavera para os que querem desabrochar.
Haverá nesta vida a vez de amar.

Alguém Feliz

Eu queria estar triste o bastante
Pra poder transmitir com clareza a escuridão que sinto.
Eu queria poder chorar e desaguar esse rio no mar de desamar.
Eu queria ter a coragem e a vontade de dizer tudo aquilo que é certo,
Não só dizer, fazer e me libertar, me guiar de verdade, me valorizar.
Eu queria saber fazer, saber fazer alguém feliz.
Começando por mim.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Tempo de sentimento

Só esse tanto, por enquanto, ainda há tempo e eu agüento.
Só um pouquinho se me escutasse e sentisse isso...
E seria o bastante pra que nunca mais eu me sentisse mudo e ti visse como cego.
Tempo... Nunca é muito nem pouco não adianta o tempo sem sentimento!
Que horas passem, dias, meses e a flor continua ali seguindo o percurso da natureza!
Uma planta, um mar, um rio um grão de areia que o vento leva sem saber os porquês, sem perguntar...
Mas eu não, eu não sigo sem pensar, sem querer os porquês sem perguntar...
Eu sigo contra a correnteza!
Nada me adianta ter a beleza da flor nem seguir as direções dos ventos...
Eu sigo meu coração e mesmo quando tudo parece ser em vão...
Eu sigo sempre meus sentimentos.

Cômico e trágico

Eu sinto sono, é tudo o que eu sinto.
Diante do passado do sofrido do chorado.
Eu sinto muito mesmo! Sono.
Não me fale tanto, eu preciso sair,
Escutar-te me faz delirar, sonho tanto que fecho os olhos...
Mas é de sono meu bem e eu to quase dormindo aqui...
Sim eu queria te ver, faz tempo... E eu era tão ligado a você!
Mas você demorou demais e eu te esperei tanto mais tanto...
Esse teu “eu te amo” eu ouvia sempre, sempre nos meus sonhos...
Mas agora eu ouço tudo e só me da vontade de dormir, dormir o tempo inteiro...
Você me ama? É eu também te amo, mas amo mais meu travesseiro.

Dilemas

É muito, um “tantão” estranho tudo isso que eu sinto.
Isso que eu nem quero dizer, nem posso mais...
Eu posso, mas é que eu gosto de fazer um drama!
Não teria graça sofrer sem fazer drama.
Não teria graça então eu acho a graça e me faço nela, sempre.
Sentindo isso, eu te olho só no meu pensar, só lá...
E faço essa mesma minha cara de quem não sabe e não entende nada!
Franzida minha testa, como quem deseja espremer a chave de todos os problemas...
E eu escrevo como um louco que se enfiou num castelo de dilemas.

sábado, 21 de março de 2009

Mary dialoga

-Oi Mary como você esta?
-Bem, obrigado, vivendo.
-Mary vamos sair? O que você fez hoje?
-Sair? Eu queria mesmo sair de mim, mas eu não consigo.
-Mas Mary você se mudou, pra frente vida nova!
-Eu me mudei, mas eu não mudei, eu ainda sou a mesma de anos...
-E os anos Mary? Fique feliz! Você nasce todo dia, parabéns!
-Obrigado, mas eu não acredito nisso, mais uma vitória acordar?...
-Porque Mary? Você é uma menina bonita cheia de vida...
-Não essa não sou eu, essa ai é a que eu pensava que podia ser, otimista...
-Mary venha comigo, levante, corra acorde pra vida, sua vida!
-Minha vida já morreu a Mary que você conhece não sou eu...
=Mary desculpe-me ter que dizer, mas você esta sendo idiota!
-Eu sei, mas nem isso é uma particularidade minha...
-Uma idiotice tão comum esta de não dar valor à vida não achas?

Mudo

Mudar o destino é impossível...
Mudar tua vida, tua vida?
É o impossível, eu não posso e não quero isso.
Mudar minha vida é o que posso, é o que mais quero hoje!
Mas não é hoje que posso, não é hoje o mudar, hoje sou mudo.
Transformando-me em oração mesmo mudo eu falo e não fico todo calado.
Gritar não dá jeito, não desata os nós do meu peito, meu jeito é assim...
Calado, mudo, mas eu sei que posso mudar eu mudo tudo dia, mesmo mudo.

domingo, 8 de março de 2009

Eternamente Bia

Minha linda, eu sinto saudades!
Eu olho suas fotos e não tem como não embaçar o foco...
Meu coração aperta, eu lembro muito de você, lembro de tudo!
E eu sinto, sinto muito por tudo que aconteceu e sinto muitas saudades...
Não haverá nada que tome o seu lugar,
Não haverá ninguém que me faça te esquecer.
Eu posso rir, me divertir, passear!
Mas eu nunca, nunca vou deixar de te lembrar, nunca vou esquecer, sempre amarei você!
O amor é isso... Uma recordação que faz sempre sentir uma forte emoção,
Uma esperança de reviver ou viver contigo mais um dia num futuro desconhecido.
Você foi e é uma luz na minha vida, luz divina, alegria que meu coração teve o prazer de conhecer e contigo aprender.
E eu nem sei até hoje como tudo aconteceu, nem quero mais saber!
Até hoje não entendo como tiveram coragem de me separar de você.
A única certeza que tenho é que sempre guardarei você comigo e sempre sentirei saudades...
Você um dia entrou na minha vida e nela vai ficar por toda eternidade.

terça-feira, 3 de março de 2009

Expectativas

Não há lugar para os que pensam em fazer
Quem pensa demais perde a hora e não faz...
Não há lugar para os que fazem e não pensam
Agir sem pensar é não ter consciência e agir na inconseqüência...
Afinal mundo o que você espera de mim?
Espere sentado!
Enquanto isso eu me deleito...
Ou Deleto?

Eu to tentando

Eu vou fazendo tudo aqui... Por mim, por você quem sabe...
Vou me cuidando, me policiando, eu to tentando...
To tentando por mim é por mim...
Tentando ser feliz e sozinho eu vou andando, caminhando até...
Até te ver e me perder.
E pensar como seria bom se o caminho fosse só até ai,
Se eu pudesse ir e não precisasse nunca mais pensar em partir.
Se eu pudesse ir e nunca mais pensar em me perder...
Ou quem sabe sem chances, eu pudesse de verdade ir e nunca mais pensar em você.

domingo, 1 de março de 2009

Manicômio do universo

Eu queria gritar pra todo mundo o que eu sinto,
Gritar, respirar, relaxar então.
Mas eu tenho medo, e não é simples como parece.
Nenhum medo meu é simples... -os teus me parecem tão fáceis, diz o leigo.
E é nesse planeta que vive os loucos... Todos nós.

O planeta terra mais conhecido como manicômio do universo.
O planeta terra onde nenhum homem é bom o suficiente nem perverso!
Nenhum homem é razão! Somos todos, sem exceção loucos, e alguns com menos juízo ainda acham que podem comandar! Loucos de razão, loucos de pedra...
São loucos os movidos pela paixão... Loucos movidos pelo amor a “sei lá o que...” Mas amam tanto a ponto de fazer disso sua crença, sua rara saúde sua incurável doença.

Esses são os loucos da terra, que eu, menos louco que acho que sou, dou toda a razão de ser!
A razão que eu também não tenho, por ser daqui, conterrâneo, terráqueo!
A razão que eu não tenho de sentir esse medo e sempre ter a certeza que nada vai mudar o que penso nem o que sinto aqui dentro.
Nenhum pensamento exterior pode me mudar se não tocar meus sentimentos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

não mais

Mais bela do que nunca
É sempre assim da ultima vez que eu te vejo.
Mais nada muda a verdade...
Que meu paraíso e meu inferno sou eu que faço
E mesmo quando me sinto em pedaços
Eu me finjo de completa pra que você perceba a porta aberta
Pra que você compreenda que eu não estou brincando,
Que eu não vou mais dizer que gosto de você nunca mais!
Porque eu te amo.

OFF

Eu já cansei de escrever sobre quem não merecia sofrer...
Já cansei de chorar a morte dos que foram cedo demais
Já cansei de perguntar o porque dele, dela e até de você...
Mas mesmo cansada não consigo deixar de sofrer.
E o lamento é algo que não mais agüento e mesmo assim tenho que suportar,
Ver mais um, mais uma me deixar, se deixar partir sem que eu deixasse que fosse.
E foi tudo como eu não queria, se eu pudesse descrever tudo que eu não quero, seria assim como tudo aconteceu.
O que querem me dizer com isso? Eu vou fingir que entendi pra que não me passem de novo a mesma lição, eu nunca vou conseguir compreender porque... E eu não quero.
O que eu quero é dormir.
Não estar aqui.
Não estou.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Turbilhão

Eu tenho sono e medo
Insônia e ânsia.
Eu tenho ansiedade eu sinto saudade.
Eu morro a cada dia
Eu nasço sempre que preciso...
Eu me vejo no perigo e não consigo me conter...
Eu sinto falta de ar, eu prendo tudo dentro de mim e ainda quero respirar.
Eu tenho aperto no coração, sim eu tenho coração.
Eu tenho muitos sentimentos, eu tenho sentimentos.
Eu queria ser, eu tento ser forte como achas que sou, eu não sou...
Eu queria estar mais distante de mim assim como você...
Eu queria não querer, não falar tanto sobre isso.
Coisas que eu não sei nem de onde vem e me tomam os pensamentos...
São sentimentos, declarações, desabafos, retratos!
Eu queria ser artista como um ator e não um palhaço...
Eu queria que tudo isso fosse só de um eu lírico...
Eu queria apenas viver a minha vida e não escrever um livro.
Eu não gosto de sentir isso...
Isso que me revela me maltrata e sempre me entrega...
Algo que me deixa com lagrimas nos olhos que nunca vão cair nem sumir.
É uma mistura de bem e mal, querer de mim comigo em busca de abrigo.
E eu sempre sinto isso quando penso no não pode ser, no não posso crer...
Sempre sinto isso quando fico confusa sobre meu destino...
Sobre o que tanto quero pra mim sobre gostar de você assim...
Sobre tudo que é sentir isso, sobre eu... Eu e você.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Com você

Com você eu me sinto feliz,
Com você perto de mim mesmo que seja pra gente conversar,
Pra gente rir da vida pra por uns instantes parar de chorar.
Com você me dando atenção eu sinto o quanto eu quero estar no seu coração,
O Quanto eu me importo e o quanto esse sentimento pode ser algo mais importante...
O quanto eu quero te fazer feliz a cada instante.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

No quase

Sinto-me como as vésperas de um milagre da vida.
O nascimento de um filho,
Uma cura cancerígena...
Cura total de uma ferida, carne nova e límpida.
Sinto-me como um adolescente que não conhece o indecente apenas acha, apenas sente...
Um jovem criado pela natureza que sempre procurava a beleza e quando deu por si ela estava sempre ali.
E eu insisti em está sempre aqui te esperando...
E agora a flor dar sinais que quer brotar!
E eu aqui sinto-me quase feliz, no quase lá!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Inconsciência romântica

Faz-me um juramento, jura por teu amor ao amor teu!
Que nunca mais vai me jurar com outras palavras ou com as mesmas...
Da-me tua palavra que nunca mais me darás uma palavra de ilusão,
Que nunca mais vais me sorrir em vão pra amenizar seu próprio vazio.
Diz-me só por essa vez e de uma vez que não me dirás mais nada que não signifique nada pra você e que eu guarde no eterno.
Não me digas mais nada, nem me jures... Deixe-me com minhas próprias verdades ao menos!
Não digas, pois eu posso te escutar mais uma vez mentir e me desmentir...
Pois quando tu falas até a maior das falácias eu acredito e nessa hora não me servem amigos e boas palavras, nada mais destínguo, não é meu nem meu próprio umbigo.
Jura-me com esse teu olhar que irás me olhar de frente e nunca mais me dirás nada, nem verdades nem mentiras...
Ouça todas essas verdades que eu digo sem falar-te nada!
Sintas apenas essa mentira que me ilude a carne e o espírito quando digo no mesmo silêncio gritante que eu te amo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Quaisquer coisas.

As coisas que eu quero não são quaisquer coisas!
As coisas que eu quero, as coisas que eu sinto...
E eu sinto muito se não posso te ter da forma como eu quero,
Sinto muito por querer verdadeiramente te amar e vejo-te a chorar e respirar outros ares...
Sinto muito se insisto em pensar nisso que quase sempre me invade.
E por querer-te tanto assim afasto-me de ti, pois não te quero pela metade.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bia (LL)

A dor é tanta que eu to sempre te vendo por ai...
Eu te vejo correndo atrás de mim, onde eu vou , onde eu passo
E tudo que eu queria era saber aonde você esta pra poder ir te buscar...
E se eu não te encontrar e se você não voltar,
Vou rezar por Deus pra te iluminar, te cuidar e proteger...
Mesmo se eu não te encontrar sempre vou te ter comigo...
Dentro de mim, da minha memória, das nossas mais doces lembranças...
Separaram nossas vidas e o perdão que Deus me ensinou não diminui em nada a minha dor, a dor de não tocar, não falar, não ver...
O que me conforta é saber que um dia seja na vida ou na morte certamente encontrarei você.

Bia (L)

Você merece todas as palavras de amor que eu ainda poderia te dizer,
Você merece cada lagrima que eu derramei, todo amor que eu te dei...
Você mereceu toda a minha estimação, pra você nunca fiz nada por obrigação.


E eu queria que você soubesse que foi sempre um grande prazer ter você aqui comigo,
Teu olhar calmo e sereno me fazia sorrir e sempre me trazia abrigo.
Lembro-me naquela noite quando te encontrei e você clamava atenção e compaixão,
Desde aquele dia te criei, te alimentei e nunca mais te deixei.


Pra a pureza meu coração sempre soube abrir as portas e você se parecia muito comigo
Eu via seu medo e sua carência não via maldade nem falsidade,
E para mim você foi e sempre será muito mais gente do que toda essa gente de verdade.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Destinados

Ver-te sempre indo, sempre saindo pro mais longe
Não me faz ficar nem tão pouco correr atrás...
Faz-me apenas sentir que nada se desfaz.
Não te ver sorrindo não me impede de imaginar-te reinar em luz e cores,
Não me impede que eu te veja sempre no ímpeto mais intimo dos meus mais calmos amores.
Há um fulgor nessa minha escuridão por achar que nada é em vão.
E se me sinto a esperar sem poder me libertar dessa “ímpetulância” petulante
É porque o que respiro não é o pequeno e sim o grande
E o que pressinto eu não minto nem tão pouco adivinho
Sou levada pela maré guiada das taboas jamais erradas do destino.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Palavras de paz.

Falo pouco e ainda assim me sinto rouco.
Falo pouco, apenas o bastante, mas nunca parece ser suficiente.
Pouca voz, poucas letras, mas puras e sem nenhum misticismo.
Falar demais gasta as cordas vocais e tira minha paz.
A paz que eu já não tenho e que eu busco desde outros tempos,
A paz que vem de dentro e se expande sem sair do interior...
Paz em abundancia, paz que eu só encontrei quando era criança.

História

Vagarosamente, fervorosamente, antigamente é o hoje.
Rapidamente, incredulamente, diariamente é o ontem.
Passado ou presente não necessariamente viram história,
O provisório e o permanente quem escolhe é a hora.


O sentimento é a glória, há os que ficam e os que demoram...
Mas o que vale mesmo é que nunca houve intenção nem plano de combate ou controle,
A historia que fica permanente é aquela feita por toda gente, displicentemente.


E é displicentemente que acontecem os fatos mais marcantes, as imortais obras...
Displicentemente eu escrevo mais um verso sem pensar em gritar ou virar oratória...
Displicentemente eu me vingo de ti, descarrego-te e carrego-te em mim.


Choro o meu pranto de hoje e de ontem que viram o mesmo no agora...
E amanha farão parte da história, ao menos da minha humilde história...
Indiscutivelmente eu sou a minha maior e melhor obra rubricada e publicada.

Não sei

Esse nó na minha garganta, aperto no peito e na cabeça.
E tudo mais é muito pouco, isso aqui é dor de que?
Tanta perda, tanta confusão, to num furacão!
Não sei quanto tempo me resta, quanto tempo me sobra,
Quanta vida me basta quanta saudade me arde...
Não sei se dói ou se sou dor, não sei se amo ou sou amor.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Relógio da vida

Tic Tac Tic Tac
Relógio é hora
Momento é tempo
Minuto é correria
Pra sempre é fantasia.

Tic Tac Tic Tac
Ontem faz tempo
Hoje é agora
Amanha não demora.
Depois é outrora.

Tic Tac Tic Tac
Livro é história
Poesia e Prosa
Ontem, hoje, pra sempre e outrora.

Tic Tac Tic Tac
Na alegria e na tristeza
Na saúde e na doença
Na mentira e na verdade
Até na mais cruel das realidades
Viver é sempre uma arte.

Tic Tac Tic Tac.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Inabalável

A fé que eu ainda tenho na vida
É a única que não foi perdida.
Fé que tenho em Deus
Fé que Jesus me deu no dia em que morreu.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quando eu era criança.

Quando eu era criança eu era quase como hoje em dia...
Nunca acreditei de verdade em Papai Noel,
Nunca acreditei no tal pote de ouro do outro lado do arco-íres.
Nunca acreditei que o nariz crescia quando a gente mentia,
Nunca cri nesses tipos de fantasias.

Quando eu era criança eu acreditava nas pessoas
Pensava que todos poderiam ser felizes um dia.
Eu era criança... e acreditava que a felicidade estava na bondade,
Ser do bem, ajudar sem olhar a quem, confiar e sempre amar com veracidade.
Eu acreditava sim, que tudo deveria ser claro e limpo como a verdade.


Eu era uma criança calada muito observava, pouco falava...
Mas o que ninguém sabia era que tudo eu sentia e pouco eu compreendia.
Eu não entendia porque ser do bem era ser inocente,
Não entendia porque mentir podia ser melhor que falar a verdade,
Não entendia porque ter mais dinheiro era igual a ter mais amizades.

Eu fui uma criança fechada e decepcionada com o que via...
Porque as coisas tinham que ser assim, porque não podia mudar?
Talvez eu fosse idealista, talvez ainda seja...


Brotava na minha alma pensamentos e sonhos de como tudo poderia ser melhor.
E mesmo que eu quisesse mudar e me adequar a tal realidade insana,
Mesmo que eu parasse e fosse brincar com outras crianças
Eu sempre cultivei dentro de mim essa semente de esperança.

Todo Poeta.

Todos os poetas falam das mesmas coisas
Todos eles têm as mesmas e outras vidas...
Todos escrevem por amor
Todo amor na sua escrita.

Todo poeta nasce calando
O que no peito esta sempre gritando.
Ele pode ser engraçado, pode ser irritado...
Pode ser tristonho e mesmo assim esbanjar sorrisos...
Seus versos serão sempre seus lírios.


Todo poeta é incompreendido muitas vezes por ele mesmo.
Todo poeta jura ter um eu lírico e as palavras belas de amor
E tristes de amor e esperançosas de amor na verdade não são de amor...
E o que você ler aqui ou ali em outro poema são rimas e simetrias de um fingidor...
Que morre fingindo toda sua vida que nunca morreu de amor.
Todo poeta já morreu...
Todo poeta, menos eu.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Solidão

É bem assim, Solidão.
Sem musica a gente escuta rock, mpb, escreve e lê,
Cada linha é uma corda, uma imensidão de som e vibração.
Cada melodia rima com o anoitecer do dia sempre escurecendo.
Sempre dia nublado, muito quente ou muito gelado.
Gelo desaguando gota por gota escorrendo no chão...
Úmida transformação, cai de cima da mesa, devagar encontra o chão.
E é fácil assim descrever, escrever, pensar no que significa quaisquer outras coisas...
Que não seja e que mesmo assim pareça o que sentimos o que ouvimos o que tocamos.
Como as cordas do violão, como a gota tocando o chão...
É bem assim solidão.

Imaculado

Queria que não fosse verdade, ou então que fosse mesmo, mas tudo.
Porque não quero acreditar numa filosofia de livros, de discursos...
Que adianta crer em algo intocável?
Que adianta ser amor em palavras outrora ditas e esquecidas?
Que adianta amar, apenas amar e viver a poesia do amor?
Que adianta tudo isso?
Não adianta... Talvez porque ninguém nunca quis mesmo que adiantasse.
Talvez porque não se busque uma recompensa,
Amor sempre é dado não é empréstimo nem barganha,
E o que não adianta é querer negar a beleza imaculada de tudo isso.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mudança

Eu quero mudar de celular,
Quero mudar de roupa,
Mudar de casa,
Trocar o lençol da cama,
Trocar a cama e o colchão
Mudar o corte de cabelo,
Retocar a maquiagem,
Fazer uma viagem,
Sem levar nenhuma bagagem.
Ter mais mil pontos de vista,
Pagar e receber tudo a vista,
Chega de prazos o tempo já é muito parcelado.
Quero me apaixonar pela força de vontade,
Que seja um amor de verdade, do bem.
Eu quero mudar, ser alguém com a cabeça erguida.
Eu só quero mudar de vida.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Crenças

Acredito que um dia deixo tudo isso,
Paro de escrever, deixo pra trás todas as alegorias.
Paro de sonhar e piso com todo corpo no concreto do chão.
Talvez um dia eu cresça e esqueça o quão é bom sonhar.
Crescer como todo mundo cresce... Para ter um fim apenas.
Viver mundanamente, sem crer nas coisas que ainda acredito.
Esqueça minha natureza, esqueça onde está a real beleza...
E o amor, o amor será apenas conto de fadas, mercadoria, conveniência.
Talvez um dia eu me mate se esta for a minha crença.

Desabafo

Se existe algum desabafo no que eu escrevo?
Eu creio que sim, mas não é sobre você é sobre mim.
E me diga quem escreve sem sentir?
Os mesmo que adormecem sem vontade de dormir.
Posso até assumir que por vezes uso hipérboles, cometo exageros...
Escrevo como vivo, e nem sempre...
Quem nunca comeu pra matar a fome de não sabe o que?
Fome de viver talvez...
E vida não é de comer que eu saiba, né? - Nem sempre...

Pra lembrar de esquecer.

Não me diga mais nada que eu não precise ouvir.
Não tente me explicar o que sempre te faz errar ou chorar.
Não tente me fazer compreender você...
Se você mesmo não se compreende quem sou eu pra conseguir?
Não seja triste quando você tem tantos motivos pra sorrir!
Não procure o seu precipício e não me mostre eu não quero encontrá-lo.
Eu tenho que me encontrar eu preciso te esquecer, eu cansei de lembrar...
Eu não quero, eu não vou encontrar você.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Se você não vier aqui

Se você não vier aqui, assim daquele seu jeito...
Eu não sei se vou, e se vou tomar jeito...
Se vou conseguir não dormir de dia e não varar a noite,
Escrevendo pensamentos tolos, pensamentos teus, todos.
E se você não chegar, se não acordar, será que eu vou conseguir dormir?
Se você não vier, e se não der pra ser, como vai ser a minha vida sem você?
Se você não chegar nada vai acontecer e tudo vai continuar, continuar como é,como sempre foi, como deve ser...
Assim desse meu jeito, eu não tomando jeito, não dormindo de noite e não acordando pro dia...
Se você não vier aqui...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O dente

A minha vida ta com dor de dente
Chamem o dentista, urgente!
Faz tempo que não consigo resolver
E continua, continua a doer.
Quero me ver livre dessa tal dor de dente.
Dor de dente, da mente, da alma.
Dor de dente, que me atira e me tira a calma...
Dente com uma grande raiz, não cura fácil assim...
E eu sei que não há mais remédio e nada vai remediar!
Arranque-o pela raiz e não precisa anestesiar...
Aprecio a dor da cura, pois esta extrai o “pra sempre” e não perdura.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Felicidade

A felicidade é uma caverna que pouco sobre ela conhecemos...
Apenas a habitamos de tempos e tempos e muitas vezes nem percebemos...
Pois não há indícios de tempo que nos faça descrever tal sentimento com detalhes!
Qual o tolo que decide parar de viver para escrever?...
Não sei se sou tolo, mas não sou um ser infeliz,
Apenas escrevo e é como se eu gritasse e ouvisse o eco de uma caverna não tão distante...
Felicidade é horizonte?

Bom dia

Era só pra ti dizer bom dia que eu te ligava todo dia,
Mesmo que já fosse a tarde, nunca me pareceu tão tarde assim...
Mesmo que já fosse no fim da noite, a madrugada previa que sempre vinha um novo dia.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Saudade eterna

Sabe quando você sente falta...
Quando você sente que ta vazio aquele espaço,
Sente que ta faltando um enorme pedaço...
Sabe, quando você não quer pensar, mas é impossível esquecer,
Você fecha os olhos e então vê que ele sempre estará ali...
Abre os olhos e sente mais uma de tantas lagrimas cair...
É a saudade que transborda, é a imensa dor que por mais forte que seja não trás de volta.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

;~~ (LLL...

Eu queria poder te tocar, te ver...
Te sentir mais uma vez.
Teu jeito de criança, teus olhinhos tão azuis e vivos.
Vivo pensando em ti, vivo morrendo de saudade.
Vivo tentando esquecer... Esquecer essa triste realidade.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Meu Rubinho (L)

Meu Rubinho, meu menino...
Preguiçoso, buliçoso,
Manhoso, teimoso, carinhoso.
Meu garoto, meu filho, meu irmão...
Minha alegria, meu todo dia,
Mesmo triste com ele eu sorria.
Sempre soube o quanto você era especial
E você sempre será especial pra todos aqui
Eu sei que você não sabe ler...
Mas eu tenho certeza que pôde e pode entender
O quanto nós amamos e sempre amaremos você.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

E você, não vai dizer nada?

Para quê buscar-te?
Há em mim tanto mais ansiedade que saudade.
Às vezes me sinto bem, só às vezes.
O que me falta é coragem de lutar pelo que me falta,
É um grande erro sim...
Mas me falta voz quando eu deveria gritar...
Faltam-me palavras, logo elas que tanto as escrevo e leio...
Que ironia do destino... Ouço tudo, e tu me dizes: - e você, não vai dizer nada?
E eu penso, olho pra cima, olho pra baixo e só consigo dizer... É que me faltam as palavras... Sobram-me sentimentos.