sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quando eu era criança.

Quando eu era criança eu era quase como hoje em dia...
Nunca acreditei de verdade em Papai Noel,
Nunca acreditei no tal pote de ouro do outro lado do arco-íres.
Nunca acreditei que o nariz crescia quando a gente mentia,
Nunca cri nesses tipos de fantasias.

Quando eu era criança eu acreditava nas pessoas
Pensava que todos poderiam ser felizes um dia.
Eu era criança... e acreditava que a felicidade estava na bondade,
Ser do bem, ajudar sem olhar a quem, confiar e sempre amar com veracidade.
Eu acreditava sim, que tudo deveria ser claro e limpo como a verdade.


Eu era uma criança calada muito observava, pouco falava...
Mas o que ninguém sabia era que tudo eu sentia e pouco eu compreendia.
Eu não entendia porque ser do bem era ser inocente,
Não entendia porque mentir podia ser melhor que falar a verdade,
Não entendia porque ter mais dinheiro era igual a ter mais amizades.

Eu fui uma criança fechada e decepcionada com o que via...
Porque as coisas tinham que ser assim, porque não podia mudar?
Talvez eu fosse idealista, talvez ainda seja...


Brotava na minha alma pensamentos e sonhos de como tudo poderia ser melhor.
E mesmo que eu quisesse mudar e me adequar a tal realidade insana,
Mesmo que eu parasse e fosse brincar com outras crianças
Eu sempre cultivei dentro de mim essa semente de esperança.

Todo Poeta.

Todos os poetas falam das mesmas coisas
Todos eles têm as mesmas e outras vidas...
Todos escrevem por amor
Todo amor na sua escrita.

Todo poeta nasce calando
O que no peito esta sempre gritando.
Ele pode ser engraçado, pode ser irritado...
Pode ser tristonho e mesmo assim esbanjar sorrisos...
Seus versos serão sempre seus lírios.


Todo poeta é incompreendido muitas vezes por ele mesmo.
Todo poeta jura ter um eu lírico e as palavras belas de amor
E tristes de amor e esperançosas de amor na verdade não são de amor...
E o que você ler aqui ou ali em outro poema são rimas e simetrias de um fingidor...
Que morre fingindo toda sua vida que nunca morreu de amor.
Todo poeta já morreu...
Todo poeta, menos eu.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Solidão

É bem assim, Solidão.
Sem musica a gente escuta rock, mpb, escreve e lê,
Cada linha é uma corda, uma imensidão de som e vibração.
Cada melodia rima com o anoitecer do dia sempre escurecendo.
Sempre dia nublado, muito quente ou muito gelado.
Gelo desaguando gota por gota escorrendo no chão...
Úmida transformação, cai de cima da mesa, devagar encontra o chão.
E é fácil assim descrever, escrever, pensar no que significa quaisquer outras coisas...
Que não seja e que mesmo assim pareça o que sentimos o que ouvimos o que tocamos.
Como as cordas do violão, como a gota tocando o chão...
É bem assim solidão.

Imaculado

Queria que não fosse verdade, ou então que fosse mesmo, mas tudo.
Porque não quero acreditar numa filosofia de livros, de discursos...
Que adianta crer em algo intocável?
Que adianta ser amor em palavras outrora ditas e esquecidas?
Que adianta amar, apenas amar e viver a poesia do amor?
Que adianta tudo isso?
Não adianta... Talvez porque ninguém nunca quis mesmo que adiantasse.
Talvez porque não se busque uma recompensa,
Amor sempre é dado não é empréstimo nem barganha,
E o que não adianta é querer negar a beleza imaculada de tudo isso.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mudança

Eu quero mudar de celular,
Quero mudar de roupa,
Mudar de casa,
Trocar o lençol da cama,
Trocar a cama e o colchão
Mudar o corte de cabelo,
Retocar a maquiagem,
Fazer uma viagem,
Sem levar nenhuma bagagem.
Ter mais mil pontos de vista,
Pagar e receber tudo a vista,
Chega de prazos o tempo já é muito parcelado.
Quero me apaixonar pela força de vontade,
Que seja um amor de verdade, do bem.
Eu quero mudar, ser alguém com a cabeça erguida.
Eu só quero mudar de vida.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Crenças

Acredito que um dia deixo tudo isso,
Paro de escrever, deixo pra trás todas as alegorias.
Paro de sonhar e piso com todo corpo no concreto do chão.
Talvez um dia eu cresça e esqueça o quão é bom sonhar.
Crescer como todo mundo cresce... Para ter um fim apenas.
Viver mundanamente, sem crer nas coisas que ainda acredito.
Esqueça minha natureza, esqueça onde está a real beleza...
E o amor, o amor será apenas conto de fadas, mercadoria, conveniência.
Talvez um dia eu me mate se esta for a minha crença.

Desabafo

Se existe algum desabafo no que eu escrevo?
Eu creio que sim, mas não é sobre você é sobre mim.
E me diga quem escreve sem sentir?
Os mesmo que adormecem sem vontade de dormir.
Posso até assumir que por vezes uso hipérboles, cometo exageros...
Escrevo como vivo, e nem sempre...
Quem nunca comeu pra matar a fome de não sabe o que?
Fome de viver talvez...
E vida não é de comer que eu saiba, né? - Nem sempre...

Pra lembrar de esquecer.

Não me diga mais nada que eu não precise ouvir.
Não tente me explicar o que sempre te faz errar ou chorar.
Não tente me fazer compreender você...
Se você mesmo não se compreende quem sou eu pra conseguir?
Não seja triste quando você tem tantos motivos pra sorrir!
Não procure o seu precipício e não me mostre eu não quero encontrá-lo.
Eu tenho que me encontrar eu preciso te esquecer, eu cansei de lembrar...
Eu não quero, eu não vou encontrar você.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Se você não vier aqui

Se você não vier aqui, assim daquele seu jeito...
Eu não sei se vou, e se vou tomar jeito...
Se vou conseguir não dormir de dia e não varar a noite,
Escrevendo pensamentos tolos, pensamentos teus, todos.
E se você não chegar, se não acordar, será que eu vou conseguir dormir?
Se você não vier, e se não der pra ser, como vai ser a minha vida sem você?
Se você não chegar nada vai acontecer e tudo vai continuar, continuar como é,como sempre foi, como deve ser...
Assim desse meu jeito, eu não tomando jeito, não dormindo de noite e não acordando pro dia...
Se você não vier aqui...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O dente

A minha vida ta com dor de dente
Chamem o dentista, urgente!
Faz tempo que não consigo resolver
E continua, continua a doer.
Quero me ver livre dessa tal dor de dente.
Dor de dente, da mente, da alma.
Dor de dente, que me atira e me tira a calma...
Dente com uma grande raiz, não cura fácil assim...
E eu sei que não há mais remédio e nada vai remediar!
Arranque-o pela raiz e não precisa anestesiar...
Aprecio a dor da cura, pois esta extrai o “pra sempre” e não perdura.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Felicidade

A felicidade é uma caverna que pouco sobre ela conhecemos...
Apenas a habitamos de tempos e tempos e muitas vezes nem percebemos...
Pois não há indícios de tempo que nos faça descrever tal sentimento com detalhes!
Qual o tolo que decide parar de viver para escrever?...
Não sei se sou tolo, mas não sou um ser infeliz,
Apenas escrevo e é como se eu gritasse e ouvisse o eco de uma caverna não tão distante...
Felicidade é horizonte?

Bom dia

Era só pra ti dizer bom dia que eu te ligava todo dia,
Mesmo que já fosse a tarde, nunca me pareceu tão tarde assim...
Mesmo que já fosse no fim da noite, a madrugada previa que sempre vinha um novo dia.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Saudade eterna

Sabe quando você sente falta...
Quando você sente que ta vazio aquele espaço,
Sente que ta faltando um enorme pedaço...
Sabe, quando você não quer pensar, mas é impossível esquecer,
Você fecha os olhos e então vê que ele sempre estará ali...
Abre os olhos e sente mais uma de tantas lagrimas cair...
É a saudade que transborda, é a imensa dor que por mais forte que seja não trás de volta.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

;~~ (LLL...

Eu queria poder te tocar, te ver...
Te sentir mais uma vez.
Teu jeito de criança, teus olhinhos tão azuis e vivos.
Vivo pensando em ti, vivo morrendo de saudade.
Vivo tentando esquecer... Esquecer essa triste realidade.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Meu Rubinho (L)

Meu Rubinho, meu menino...
Preguiçoso, buliçoso,
Manhoso, teimoso, carinhoso.
Meu garoto, meu filho, meu irmão...
Minha alegria, meu todo dia,
Mesmo triste com ele eu sorria.
Sempre soube o quanto você era especial
E você sempre será especial pra todos aqui
Eu sei que você não sabe ler...
Mas eu tenho certeza que pôde e pode entender
O quanto nós amamos e sempre amaremos você.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

E você, não vai dizer nada?

Para quê buscar-te?
Há em mim tanto mais ansiedade que saudade.
Às vezes me sinto bem, só às vezes.
O que me falta é coragem de lutar pelo que me falta,
É um grande erro sim...
Mas me falta voz quando eu deveria gritar...
Faltam-me palavras, logo elas que tanto as escrevo e leio...
Que ironia do destino... Ouço tudo, e tu me dizes: - e você, não vai dizer nada?
E eu penso, olho pra cima, olho pra baixo e só consigo dizer... É que me faltam as palavras... Sobram-me sentimentos.