terça-feira, 17 de abril de 2012

Ternura (Tortura)

Acordei com aquela dor da perda
Encontrei você em mim e te perdi mais uma vez.
Eu sabia que não era verdade, mas você estava ali...
Como na poesia de Vinicius, eu te tinha ao meu lado,
Repousante e quieta, muito quieta, e eu quase totalmente feliz...
Afogando-me em tanta ternura, muito mais transbordante que qualquer carícia.
Eu só não posso te pedir perdão por te amar de repente, sempre é de repente.
Meu amor foi uma canção que tu não soubeste ouvir,
Poema que tu não soube ler,
Presente divino que não soubesses receber.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

De que vale o amor?

De que vale um amor desvalido?
Que tudo tem e nada mais é preciso?
Nem uma lágrima nem uma saudade
Nem um sorriso...
De que vale desvalido o amor?
O amor que é dado como desvairado
Esvaindo-se, desviando-se da ilusão.
De que vale ser amor de verdade
Se queremos sempre a carne fresca da paixão?
De que vale a verdade se não a vejo?
Só vejo o que quero.
Não vale o amor, não tem preço.
Tenho apreço, merecendo ou não, amando ou sofrendo em vão...
Só amo o que vejo, só vejo o que quero.
Quero amar-te até a morte então.