sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A ampulheta

Eu quero ir embora daqui
Deixar o tempo andar
O mundo rodar
Tudo continuar.
A ampulheta da vida,
Sair do ponto de partida
Encontrar uma chegada
O lado da moeda errada,
O lado certo da moeda
Não há moeda.
Não são dois lados de todas as vidas...
É tudo um lago, um lado só.
Tudo é profundo e unilateral.
Eu quero estar ai do mesmo lado.
Aqui um dia será um ali do passado,
Que eu não quero e não vou voltar.
Tudo é profundo e unilateral...
E eu estou do meu lado
Largo tudo, lado teu e meu só se for um,
Se não é um não é vida é fardo.
Eu quase saio de mim, mas não saio...
Salvo-me, pois tudo é unilateral.
Exceto a antiga ampulheta que acabou de girar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Sou Praia

Às vezes me sinto mar,
Mais medo, profundo e profano do amar.
Outras vezes sou mais areia...
Areia da borda,
Que toca na espuma
Querendo se deixar levar
Pra partes mais profundas do mar.
Areia da duna
Que o vento sopra,
Que a chuva molha,
E o tempo move
Mas se refaz todo dia
Não dissolve, se recria.
Suporta e contorna qualquer maresia.
Sou praia... Maré alta, maré baixa.
Sou minha, sou tua, sou tabelada,
Hora sei tudo e te puxo pra dentro de mim...
Hora sei nada e sinto-me afogada.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Óbvio

Eu não quero nada que não possa ser meu,
Não quero ser mais forte nem escapar da morte.
Eu entendo que ninguém é de todo bem ou mal,
Nem eu nem você vamos escapar do juízo final.
De vez em quando se descobre que a graça não ta só no palhaço,
Não da pra passar a vida toda num teatro!
Eu já sabia e não sabia crer... Todo ser é previsível e eu sou muito mais...
O sentimento é invisível aos olhos?
Somente para os tolos que nunca querem enxergar o óbvio.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

(F)

Eu só queria escrever um pouquinho sobre a flor,
Descrevê-la mesmo sem poder mais vê-la...
Pois eu ainda lembro de toda ela, de cada detalhe em tuas pétalas
se quando fecho os olhos não há escuro que há faça desaparecer...
Não há vão sem luz que a escureça dentro do meu jardim.
Foi planta sem raiz, mas a flor é assim como as borboletas...
Parecem quietas e de voou raro, nunca tão alto...
Mas não é voou em vão quando se vai onde quer, mesmo não se nascendo pássaro...
As borboletas podem chegar... E as flores também podem nascer para além dos telhados.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Desde sempre

Desde quando eu sonho?
Desde quando eu minto?
Desde quando eu desacordo?
Desde quando, quanto tempo?
Quanto tempo se perdeu?
Se perdeu?
Quem poderá me dizer que é perca de tempo
Viver o tempo no seu próprio tempo?
Se há lição não há perca de tempo,
Até não conseguir é descobrir que não somos capazes de tudo.
A lição é a luta em viver na busca eterna do paraíso escondido...
Escondido entre linhas, envolvido entre laços dentro de nós.
E o longe e o perto estão decretados no nosso pensamento,
O que pensamos é o que somos, o que ganhamos e perdemos.
E quem disse que viver é fácil?
Eu descobri que os psicólogos também não são totalmente felizes...
E que os psiquiatras também podem ficar loucos.
Há sempre um pessimista pra reclamar um otimista pra aliviar e um questionador pra perguntar...
E desde quando isso é vida?
Desde sempre.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Todos Iguais

Se eu fosse diferente eu seria igual a toda essa gente
Que finge ser o que não é, e o que é na verdade mente.
Eu não sou contra lei, também sou como vocês, só não sigo todo padrão.
Eu sou gente! Eu erro, eu acerto, eu falo palavrão!
Eu sou gay sim, mas também tenho minha fé, minhas crenças, minha religião.
E você querendo ou não ainda somos irmãos.

Castanho claro não é caramelo,

Luzes e riscos que arriscam demolir meus castelos...

Nem todas as luzes partem mesmo nas ruas mais escuras...

Ao entristecer mais vermelhos ficam do que marte em toda sua figura.

Ao amanhecer mais raro brilho que a união de júpiter Vênus e a lua.

E quando te olho nos olhos isso tudo fica muito mais certo

Que tudo sobre você pode me parecer confuso e incerto

E a única certeza que tenho ao olhar pra ti é que castanho claro não é caramelo.

domingo, 12 de outubro de 2008

Do que você precisa?

Às vezes me perguntam do que eu preciso,

Do que eu necessito pra ser, pra ser alguém...

Pra ser alguém o que?

Ser alguém? Eu sou!

Ser o alguém que eu quero ser?

Ser um pouco mais eu...

Ser completo, ser necessário...

Não posso, não posso dizer ainda!

Não posso te dizer, eu não sei...

As vezes eu me encontro em recantos inesperados,

As vezes eu penso que me encontro mas quando paro pra pensar não me acho.

Parar pra pensar no que eu sou, no que eu não sou talvez, ou no que eu deva ser!

Não quero parar mais, parar é ruim é estacionar no tempo, não tenho mais tempo para isso.

Estacionei minhas questões num lugar bem escondido, não tenho seguro nem trava com alarme...

Estacionei tudo aquilo que eu não posso crer...

E descobrir que não há nada que eu queira e busque de verdade que eu não possa ter.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

"Errando"

Retenho ramalhetes raros,

Ruas ruindo e rebentações...

Raízes e rosas restabelecidas...

Resultando no Rascunho do real!

Refaço-me, risoriamente restituída...

Rasgos restaurados, removido restos...

Rostos e ruídos? relevo-os.

Renascer raro, romper os rumos ruins...

Relutar, renovar, resgatar os romances retribuídos...

Retornar? Repensar? Recordar?

Recaída... Recorro, rezo, relato o remoído...

Relaxo no rum e respiro...

Represento o rei do riso...

Reseto qualquer romance ressentido no recente...

 Retiro-me, Recuso rapidamente.

 

 

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Eternidade

Queria poder ser menos sentimental

Eu sei que isso é pedir pra ser menos mortal...

Mas era tudo o que eu queria agora.

Ser menos mortal é estar mais perto da morte,

Não apenas por senti-la, não senti-la...

Mas a felicidade do ultimo suspiro!

A felicidade de quem vai...

Do partir com lágrimas de felicidade...

Do sorrir ao saber que vai para a eternidade...

Era essa felicidade que eu queria agora, serio!

Eu definitivamente não nasci pra viver aqui...

Eu definitivamente não nasci aqui, eu morri.

Obrigado!

Muito obrigado, obrigado mesmo, pelo que você me fez...

Eu sei que um dia só é pouco pra eu ter pirado, ficado louco...

Obrigado pelo que você me fez me tirou de uma insensatez...

E eu entrei na tua de vez, entrei na minha mais uma vez...

Obrigado pelo que você é e me desculpa pelo que eu sou!

Você é luz do dia eu sou a escuridão da noite!

E eu vejo, ta tudo escurecendo está anoitecendo...

Você foi feita pra a alegria, ter alguém pra te merecer, pra você sempre querer!

E eu jamais seria capaz de cuidar como deveria de alguém como você.

Jamais eu seria capaz de cuidar de alguém, não sei nem cuidar de mim...

Por tudo isso obrigado e me desculpe por tudo que eu já te disse ou pensei te dizer!

Perdoe-me por ter tido um dia à pretensão de querer amar você.

 

 

domingo, 5 de outubro de 2008

Jogue Fora

Jogue fora, jogue no lixo o que não vale a pena,

Jogue mesmo para que sua alma não fique pequena...

Se jogue no mundo e viva o que tiver de viver,

Lembre sempre que a pessoa mais importante do seu mundo é você.

Respire fundo mesmo quando se sentir sem ar...

Sempre vale a pena viver mesmo quando não se quer respirar.

Ande, olhe e note que nesse mundo você só está de visita,

Esqueça o sofrimento é perca de tempo seja um eterno turista.

Tenha amigos tenha irmãos e saiba que não é pra todo mundo que se dá a mão.

Seja você sempre e aja com naturalidade,

Eu sei, é difícil nesse mundo onde às vezes a mentira é preferível que a verdade.

E quando a tristeza tentar te vencer lembre das coisas que você gosta de fazer,

Vá dançar, vá correr, vá estudar vá crescer...

Faça coisas que te lembrem ao menos o sentido real da tua vida,

Eu mesma quando quero me melhorar escrevo poesia.

 

sábado, 4 de outubro de 2008

Já sei voar

Eu já te disse em pensamento que queria saber voar,

Pra poder te proteger, pra poder te admirar...

Em tanto tempo que amei, asas eu criei e hoje estou aqui voando, te olhando...

De perto e de longe sempre pensando... Te querendo, te amando...

Voar, voar... Até isso eu já aprendi, queria me encontrar num jeito simples de gostar de ti.

Eu voou entre as nuvens e a profundidade dos meus pensamentos,

Viajando sempre em você e nesse amor que tenho aqui dentro.

Tenho asas que me levam para longe e me fazem voar até sem querer,

Estas mesmas asas que fizeram um dia eu me apaixonar por você.

 

Pensar e Sentir

Não entendo como pode ser...

E também acho que é melhor não pensar, não tentar entender.

Sentimentos não são e não tem nada a ver com pensamentos.

Sentir é saber que se está vivo por morrer de ciúme de alguém,

Pensar é não se apaixonar e nunca, nunca mesmo se envolver com ninguém...

Sentir é levar tapa na cara, ver que não vale nada e mesmo assim querer,

Pensar é não pagar pra ver, não apostar, nunca ganhar, mas também nunca perder.

E o pior, ou melhor, de tudo é que a gente nunca escolhe o que em nós vai prevalecer.

Em mim sempre prevaleceu o pensamento...

Posso dizer que sou mais impermeável que uma caixa de cimento.

 E pra você que acreditou nisso, meus sentimentos...

 

 

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

De qualquer maneira

Eu queria poder te dizer que gosto de você, não gosto!

Queria poder te falar que é simples o que sinto, nada disso!

 Poder escrever tudo num pequeno poema simples e bonito...

Mas rimar querer com você não é tudo que preciso te dizer.

Eu sinto vontade de falar coisas que eu não sei te explicar.

Coisas que palavras de maneira alguma conseguiriam transmitir...

Coisas que eu penso sempre, toda dia e até mesmo antes de dormir...

Só posso te dizer que de qualquer maneira você já entrou na minha cabeça,

De qualquer maneira eu sempre vou te lembrar mesmo que você me esqueça...

E de uma maneira única desde aquele dia você está no meu pensar, minha imaginação...

Mudando meus pensamentos transferindo meus sentimentos e roubando meu coração.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Deslumbre

Eu nem te conheço bem,

Ti vi e mal te olhei...

Era apenas mais uma, mais uma garota.

Nem te liguei, nem disse que queria te ligar,

Nem sei seus gostos, seus gestos, sua voz de querer amar...

Não sei teu mal nem teu bem, na verdade, nem sei de mim agora!

Só sei que quero ter você e isso é tudo que me importa.

Imagino-te assim como quem imagina uma paixão calma e quente...

Quero te ter como sempre quis ter um amor... Verdadeiro e permanente.

 

Manual do ciumento

Respire fundo conte até 10,

Não se sinta tão mal isso é mais que normal...

Vire a página e pise no chão.

Não machuque a toa o seu coração.

Conte até mil se for preciso...

Corra e saia de perto porque isso dá prejuízo!

Nunca ame demais uma mulher...

Não se engane um certo dia ela vai te dar um ponta pé!

Então o melhor é você ficar na sua e fingir que não viu nada...

Ser ciumento é só morrer de medo de ter a cabeça pesada.

Nunca a deixe notar que você a ama muito mais do que ela merece,

Ou ela te chifra ou ela te deixa e totalmente te esquece.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

22 de setembro

Segunda feira, 22 de setembro hoje já faz tanto tempo e eu ainda me lembro...

Dos sorrisos que eu dava, das risadas apaixonadas, de você me fazendo rir.

Chorar de emoção, até quando eu via televisão eu tava pensando era em você...

E no intervalo do programa a gente ia comentar,

De madrugada na Internet só com você eu queria falar.

Pra você eu contava tudo, aceitava tudo, foi sentimento demais e já faz mais de um ano...

E até hoje eu me lembro da primeira vez que eu te disse que te amo.

Eu só disse pra você o que já era óbvio em mim e dalí por diante meu sossego teve fim,

E hoje quando eu penso em você vejo que o óbvio mesmo é te esquecer...

Que hoje é 22 de setembro e eu ainda me lembro o que eu nunca deveria lembrar,

22 de setembro, por mais quanto tempo eu ainda vou ter que te amar?

Palpite

E é só te ver pra tudo lembrar e tudo esquecer

Tudo pensar, nada falar, apenas oi e adeus você.

Olhar nos teus olhos é certeza lacrimejar, preciso me desviar.

Olhar nos teus olhos é impossível controlar o desejo de te beijar.

Te ver e lembrar que você é real me mostra o quanto um sentimento pode ser fatal,

E foi fatal pra mim e ainda é fato que meu coração permanece no caminho mais errado.

 

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Amigo

Eu estou atordoada, por esse sentimento estou tomada.

De uma hora pra outra uma parte de mim desaba,

Uma parte de mim deságua, sou toda lágrima.

Lágrimas e sentimento, coisas que não vão embora com o tempo.

A convivência pode acabar, mas o amor jamais se extinguirá.

A amizade, sempre me disseram é o mais lindo amor,

Sua amizade pra sempre vai estar comigo seja onde for.

E eu me lembro de nós dois de nós todos e de mim como estou agora,

Posso até ter outros amigos, mas eles nunca serão como você, nunca serão você!

Eu sonhei contigo e descobri que de sua amizade realmente preciso,

Sonhei com você, dizia o quanto eu te amava, eu só lembro que chorava e te abraçava...

E que você também chorou e me abraçou, foi todo nosso tempo que a gente lembrou.

E eu estou aqui agora pra dizer que não quero ver mais o tempo passar e nossa amizade adormecer,

Quero que você saiba que sinto muitas saudades e que sempre foi sincera minha amizade,

De coração eu só quero te dizer que eu sempre vou estar aqui rezando por ti e amando você.

 

Selva dos "Mais que perfeitos"

Eu não me incomodo com quase nada,

Não me importo se falam de mim...

Ou até mesmo se não falam tão bem assim...

Não me incomoda se ficam calados,

Ou se riem e fazem pouco quando passo.

Se dizem o que de fato não procede, faz tempo que nada disso me aborrece...

E se no que procedo para alguns não deve ser,

Faz tempo que nada disso vem mais a me aborrecer.

O que me atormenta de verdade é ainda ter que por vezes me esconder,

Fingir que sou “direito” pra poder sobreviver na selva dos “mais que perfeitos...”

Usar meias palavras e meios gestos...

É assim aqui, o meio de poder ser meio livre.

Ter dentes afiados pra sorrir ou morder?

Cadeados e portas pra se proteger ou esconder?

O que me aborrece é mesmo isso de ter que sempre fechar, trancar a porta...

Ao menos meus cadeados são à prova de idiotas!

domingo, 7 de setembro de 2008

Memória

Meus pensamentos são mais que momentos.

Momentos e lembranças, memória.

Lembrança do que deixou de ser memória,

Momentos que não chegaram a ser lembranças.

Meus pensamentos voam alem do que deviam ir.

Pensamentos, e o que na verdade deveria ser no momento?

Paro um momento, peço um espaço, mas tudo aqui já é muito largo.

Largo tudo que não foi direito tudo aqui me parece sempre estreito.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Se apenas te passo os olhos... (Serpente)

Apenas te passo os olhos e vejo como é bom respirar por alguns segundos.
Escutar a tua voz é tremer no frio de um verão ensolarado é temer estar exposta a tua proposta.
Falo tanto que quase nunca chego a me calar só se for pra te escutar e me fazer gelar de tamanha insolação.
Se de ti só sei teu nome e tuas doidices estabanadas, tuas loucuras regadas de todo tipo de alucinação, teus sorrisos prazerosos do mais puro pecado, teu risco e todo teu excesso de nada, não posso eu, não poderia eu, estar apaixonada, seria melhor está aprisionada?
Mas se apenas te passo os olhos e me sinto passear no Éden, respirar o ar de adão, ter apenas uma Eva no coração, como posso...
Poderia eu negar que estou apaixonada? Tenho apenas o argumento de estar constantemente alucinada.
Perco mais uma vez todo ar que sentira, já é quase constante entre a gente, mas pra mim te ver será sempre um “de repente”. Foi-se embora tua imagem e junto levou toda a maquiagem... E agora onde estará meu Éden? Meu ar do paraíso? Foi-se embora tua imagem, de volta o meu juízo... Mas que me importa isso se não me sinto nada resplandecente? Que se dane meu juízo! Se quando passo os olhos em ti faz-me rir e chorar... Traz-me de volta todo teu (meu) ar, volta que eu preciso te respirar! Nem que seja mais uma vez... Não te peço nada indecente, apenas chega, não mais que de repente, pra que eu possa te sentir de volta, minha serpente.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sentir Falta

Sentir falta é não mais ter e querer,
É sentir a presença a todo momento, mas não se vê.
Perceber o "brisar" do ar, mas não conseguir o respirar,
É ver a estrela no céu que há tempos já morreu, mas continua a brilhar.
Ter a presença como uma lembrança de uma alma já vivida,
Ter a pele sarada, mas sentir em carne viva a ferida.
Sentir falta é por um ponto final num texto que requer reticências...
Sentir muita falta nada mais é do que sentir demais a presença.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais que perfeito.

Talvez tudo que eu queira descrever
Sejam as belezas que existam no teu ser
As belezas que só eu consigo ver.
Comparo a um tipo de escritura
Parecida com a pintura
Transformo-te em gravura
E “te escrevo” passo a passo,
Reúno teus traços em cada verso que faço.
Mas esses traços são como maquiagem,
É a perfeita ilusão que faço da tua imagem,
Ilusão real do mais que perfeito.
Minha imperfeição está em amar desse jeito.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Não é por nada não.

Porque você me olha assim?
Com esses olhos de atravessar parede!
Olhos de quem não ver um palmo a frente...
Porque, porque me olhas assim?
Como quem só diz bom dia,
Como quem vai sempre virar a esquina...
E eu me pego sempre ali displicentemente...
Querendo ser a parede à frente,
Ser a esquina,
Um por do sol pro seu bom dia.
Ser qualquer coisa, qualquer lugar aonde você vá,
Só pra poder te ver, te encontrar...
E você me perguntar por que eu te olho sempre assim
Com esse olhar de quem vê a lua cheia tocando o oceano,
E eu te responder, não é por nada não só porque te amo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pedacinho de despedida

Boa noite eu tenho que ir,
Estou aqui para me despedir,
Dês- pedir meu eu de você.
Dês-peço tudo que um dia já te pedi.
Dês-peço, pois preciso com pressa me despedir.
E é de você, só de você que vou me lembrar
Assim como me lembro agora...
Mas eu quero me lembrar apenas por um minuto...
Eu quero sim me lembrar, só me despeço desse "toda hora".
Tento me desfazer desse meu eterno pensar...
Desse meu nunca esquecer.
Despeço-me sim quero te destroçar dentro de mim,
Quero-te apenas um pedacinho,
Apenas a cutícula de um dedinho da minha mão,
Te levar assim desse tamanhinho
Pra somente nesse minutinho arranhar meu coração.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Febre

Febre, febre, febre de pensamentos!
Febre, fere, ferve meus sentimentos!
Foragir a dor é constrangedor,
Emergir a alegria é pura ironia!
Submergir é quase inevitável
Me sentir um ser deplorável
Por viver esse amor irremediável!
É a ferida que sangra quando parecia está estancada
É o ciúme que aparece quando não devíamos sentir nada.

sábado, 19 de julho de 2008

Platônico

Não é que eu esteja certa
Mas é que não há certo ou errado nesse jogo.
Jogo este que eu sabia que não devia ter jogado
Um jogo onde apostei todas as minhas peças
Toda a minha fortuna, minha alma.
Jogo que não era uma brincadeira, mas era doce de se jogar.
Não que eu não queira desistir, simplesmente eu não posso!
Desistir desse jogo seria como voltar no tempo,
Seria como viver ignorando ou negando a existência da gravidade
Uma hora fatalmente a maçã cairia sobre meus pés.
Então não é que eu esteja errada ou certa
Nem muito menos é um jogo onde eu insisto em te vencer
Não, não é que eu não queira desistir de você
Independente disso você existiria dentro de mim.

Oração

Se Deus me concebesse um desejo
Eu não iria pedir por teu beijo.
Se me fizesse um grande favor
Eu não iria pedir por milagre teu amor.
Eu pediria para um anjo me tornar
Pra mais de perto poder te olhar
E de todos os males te proteger.
Pra quando você fosse deitar te acompanhar
Ficar do teu lado ouvindo você rezar
E ficar bem satisfeito por saber que quando fazes uma oração
É porque estás a me chamar de coração.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quadro do Tempo

Alegria na vida, tudo que se precisa.

Abraços sinceros, beijos de amor, afeto verdadeiro.

O carinho da família, a confiança a partilha.

Amigos, poucos ou muitos, sinceros apenas e acolhedores sempre!

Queria querida que tudo fosse assim, e eu ainda tivesse meus sonhos da infância!

Foram quebrados, como os jarros e as janelas que quebrei jogando bola!

Meus sonhos estão jogados pelo chão... São cacos de vidro.

São todos pó de jarro, esfarelados pelo sarro que a vida me tira!

Tanto caco, tanto pó esfarelado e me assombro por nem me lembrar do que se tratava,

Por muitas vezes esqueço até quais os sonhos e o que me guiava...

Me encontro parada de fronte a janela de tantos vidros e cacos no chão.

A calçada ainda está ali com os farelos do jarro e até poucos cacos,

Talvez na esperança de ainda serem colados...

E eu ali, observando tudo como se ainda houvesse movimento,

Vendo toda a minha vida naquele Quadro do tempo.

E num estalo de esperança ou puro desespero

Vejo que nem tudo na vida é sorte ou revés,

Percebo que a bola sempre esteve nos meus pés...

A bola, ela sim, nunca esteve furada,

Então que se dane qualquer caco ou farelo que ainda esteja na calçada!

Danem-se também os Quadros do tempo, pois ainda há tempo para novas jogadas.

terça-feira, 15 de julho de 2008

A minha música

Estive pensando...

Nos momentos em que escuto músicas

Já repeti isso varias vezes...

Em algumas eu digo ah essa é a minha!

Digo feliz e pra quem quiser saber

Ouço várias vezes e digo até pra você...

Tantas vezes não escutastes ou até mesmo lês-te a letra indiferente...

Leio também todas as tuas músicas e sei todos os remetentes...

São manias suas que eu de um jeito ou de outro venho a saber,

De um jeito ou de outro to ali lendo... Te lendo, não me entendendo...

E continuo pensando...

Como seria nos dois num tempo que não houvesse música?

De que maneira eu te leria? Como me atiraria na sua melodia?

Alguma maneira eu haveria de achar pra te decorar... Nota por nota...

Acharia teu tom não me importa se ele é mal ou bom.

Entenderia tuas notas mesmo que tudo parecesse idiota.

Seria o louco internado num hospício tocando um violão sem cordas.

Didática Passional

Eu devia pensar na minha vida passional como penso nas minhas poesias...

Quando escrevo gosto de fazer ouvindo musica, descontraída.

Escrever com minhas melhores palavras,

Saber como dizer mesmo que não saiba realmente o que.

E principalmente nunca, nunca mesmo escrever uma nova lendo uma já escrita,

É como querer entrar numa nova paixão pensando numa antiga...

Nunca da certo, da confusão dentro e fora, tudo oscila.

E tudo que você fizer vai acabar saindo sempre igual...

Mesma conclusão, mesmo final só vai mudar algumas palavras...

Assim como, adeus! Foi legal! Até um dia! Boas amigas...

E tudo isso porque você ainda insiste em reler à antiga.

Silêncio

Há sempre noites que me batem um vazio

Falta algo dentro de mim

Algo muito grande, muito importante.

E eu não sei o que...

Não sei o que pensar o que dizer

E o silêncio, ele também não me basta...

Ele também não me cala.

Outras noites me sinto pouca, pequena pra tanta coisa

Sou nada do tamanho do que sinto.

E nesse momento todas as vozes gritam,

Gritam e sussurram entre o moral e o absurdo...

Mas mesmo assim eu sei que há um consenso

Rompe-se a barreira do perceptível tornando ao silencio.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Explicações e justificativas

Como eu poderia explicar?
Não eu não poderia não há explicações, justificativas.
Gostaria mesmo que houvesse que tudo houvesse explicação clara,
Ou que não clara, ao menos obscura, nem que seja pra satisfazer minha loucura.
Os loucos é que querem ver razão em tudo, esses sim são loucos!
Eu sou, e sei que sempre serei assim, vivo procurando, caçando respostas.
Quem não quer saber os porquês apenas vive, vive simplesmente!
Parece loucura, mas esses sim é que são felizes!
Felizes na sua loucura de não querer razão que justifique sua direção...
Felizes por achar que os porquês não alteram em nada o que vai ou o que foi.
E eu por querer saber tudo e todos os porquês, de quem sou e como vivo e tudo sobre aquilo ou isso, ainda tenho a petulância de querer saber por que não posso também ser tão feliz.

Tempo ao tempo

Amores que nunca vivi

Poemas que já escrevi

Alternativas que tenho que escolher

Dias que tento sobreviver.

Noites que tento dormir

Manhãs que tento acordar... Pra vida

Querendo adormecer velhas feridas.

Tempo ao tempo pra felizmente viver

Todo tempo do mundo tentando te esquecer.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Parto

Cada dor forte que me faz sentir dentro do peito

Faz-me, sem querer talvez, mas faz muito bem feito.

É um serviço completo, parece-me que tens uma grande formação,

Tens mestrado e doutorado sabe muito bem como deixar dilacerado um coração.

Cada dor forte que me fazer sentir o peito tão alado

Faz-me assim do nada, de repente fico desorientado.

Quando noto já estou aqui, quieto, carente e me sentindo um condenado.

É forte demais sentir esse teu veneno...

Fico perturbado, escrevendo

Essa dor, essa agonia

Como uma dor do parto só que mais pra cima da barriga

E assim dou a luz a mais uma Poesia.

Sentimento (Sentir)

Se eu pudesse e soubesse descrever o que sinto

Nem mesmo assim o faria.

Se eu pudesse não sentir o que sinto

Tivesse essa opção, nem mesmo assim omitiria meu coração.

Coração não tem opção sente sem escolher o que...

Quem o tem não o tem, nunca o tem.

Quem não o tem o detém. Quem não o tem?

Às vezes o que se sente por dentro

Dói mais do que carne viva ao vento

E se pudéssemos por um minuto apenas deixar de sentir...

Por um minuto deixaríamos de existir.

Às vezes o que se sente é tão resplandecente

Que se quer sentir para todo o sempre

Aquilo que por minuto se sentiu.

Mas é impossível sentir o mesmo para sempre

O que podemos é lembrar aquele momento eternamente.

Pois é impossível senti-lo igual, o MESMO não é eterno...

O que se sente muda toda hora, se transforma,

Cresce ou diminui, nasce ou morre e nos evolui.

O que não morre é o sentimento em si

Aquele que nem no meu mais longo raciocínio descrevi.

domingo, 6 de julho de 2008

De Lírio

É Perfume de coisa nenhuma

É o sabor do desconhecido.

Coisa nenhuma que eu senti

Coisa alguma se compara.

Do meio do jardim de todas as flores

Teu cheiro é o perfume que me agrada.

No suave tocar de tantos tatos

Só teu espinho me tem espetado.

Não posso evitar comparar-te mesmo que não sejas

Há tais belezas e tais perfumes mesmo que não sejas de veras...

E eu sei que não és tão rosa ou tão flor, tanto cheiro ou tanta cor...

Mas tens o espinho incolor que fere a alma e faz-me sentir em carne viva aquela dor

Possuis o sumo do veneno do delírio és de fato o Lírio que me faz sentir mais amor.

sábado, 5 de julho de 2008

Ontem foi dilúvio

Ontem foi dilúvio

E tudo lá fora umedeceu.

A cidade se agitou

Tudo lá fora naufragou

Muita gente se afogou

Tanta coisa se achou

Tanta coisa se perdeu.

Ontem lá fora foi dilúvio

Gotas que batem na telha

Idéias na minha cabeça.

Lá fora tudo escureceu.

Água sobe e desce

E o dilúvio na cidade cresce.

Lá fora toda catástrofe aconteceu

Aqui dentro tudo igual

Sempre foi temporal.

Cortinas

Queria ter realmente as chaves da minha vida

Não adianta nada só saber o que me guia

Saber não muda o que sinto e o que eu não queria sentir

Porque são as mesmas coisas...

Eu sei que no fundo e não é tão no fundo assim...

Eu ainda, ainda te amo.

E das janelas que se abrem na minha vida

Nenhuma a luz atravessou muito além das cortinas.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ilhada

Eu não posso mais te dizer onde estou

Pois já não me bastas mais

E eu também já não sei onde estás.

Quem sabe na verdade nunca me bastastes

E eu apenas estava perdida, na ilusão de uma ilha

Era só a ilusão de alguém ilhada...

E como eu poderia te encontrar se nem a mim encontrava?

Eu era apenas alguém com a alma ilhada,

Ilhada de ilusões.

Rédeas

Mais que nada.

Mais que tudo.

Copo meio cheio.

Copo meio vazio.

Falta metade de mim.

Estou metade completa.

É tudo questão de atitude e ponto de vista.

Ser o homem na carroça levada pelos bois ou os bois carregando a carroça?

Não importa, qualquer que seja, seja o que realmente guia.

Às vezes o homem na carroça na verdade é um burro.

Às vezes são os bois que guiam.

Às vezes não há boi, só uma carroça solta e uma estrada com várias subidas decidas e retas.

O que fazer?

Tome as rédeas.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Falando das flores

Cansei de falar de amor

Vamos falar do capitalismo,

Da poluição?

Vamos falar da fome,

Das doenças e das misérias?

Acho que não.

Quem sabe do buraco da camada de ozônio...

Vestibular? Dinheiro?

Também é desespero.

Ah já sei, as flores!

Belas flores, todas as cores...

Da nossa Amazônia que hoje é casa de mãe Joana...

O nosso Pau Brasil que já foi pra... Marcenaria.

Pois bem, melhor continuar só nas flores...

São belas mesmo, raras, todas as cores!

Roxas, vermelhas, brancas... Amarelas!

São tantas amarelas! Cor de fogo mesmo!

Fogo vivo... É incêndio na mata.

Um cigarro e o Ozônio na Amazônia

Fez-se o jardim de rosas amarelas e esfumaçadas,

Fizeram-se mais uma revoada de aves sem destino,

Fez-se a queimada e o fim de vários ninhos.

E as minhas belas flores... Sobrevivem poucas por ai

As naturais vendo o fim da sua natureza

Dando seus últimos suspiros de beleza.

E foi só por isso meu amor

Que não te comprei aquele buquê.

Calar da mente

Caladamente

Calada mente

Cala de dor

A dor do calar

O calor da mente.

Calada a mente

Cala dormente.

A dor mente em calar

O calor da mente.

Lá e cá a mente dá o que sente,

Se mente

Semente.

Na Calada

Calada

Caladamente.

sábado, 31 de maio de 2008

Cores

É difícil não se dizer o que se sente

Transparecer o sentimento no olhar, no momento.

E quando te vejo é sempre assim

Nada na verdade se desprendeu de mim.

Quanto te olho mesmo de longe tudo fica mais perto

Quando te vejo nos meus sonhos penso no que realmente és pra mim.

Se choro és a nuvem carregada? Só choro por dentro desejo céu aberto.

Se sorriu és o vento frio que vem do sul... Por um momento apenas, toda brisa.

Sorrio pela lembrança que tive, esperança que um dia tudo seria realmente bom.

O sorriso é tão real quanto o sonhar acordado, intenso e colorido.

E como num piscar de olhos as cores vão se distinguindo

O que era colorido nem sempre vira arco ires,

E de todas as cores às vezes o que te resta é um sorriso amarelado

E a fatal realidade que cores são ilusão o mundo real está preto no branco.

domingo, 18 de maio de 2008

Guia Pessoal (Setas)

Há várias setas apontando vários caminhos, certezas incertas.

E eu só estou certa que não seguirei nenhuma delas.

Se para trás não tem volta o passado não deve te prender

Para trás não tem volta só para frente que pode ser...

Há setas em todos os caminhos,

Assim também como há espinhos em todos eles,

Espinhos e espetos que furam a carne... O que te resta é fazer o churrasco.

Mas também há nuvens há céus e há passarinhos!

Basta-te escolher onde fazer teu ninho, como andar nas nuvens e sobretudo ter os pés no chão.

Para um dia poder voar é preciso antes de tudo aprender a andar.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pontos Nulos

No meu quarto na madrugada

Já é quarta e eu ainda nem dormi.

Não que seja novidade eu acordada,

Não que seja errado, não que seja certo.

Não que seja, não que eu esteja realmente aqui.

Não que eu também não esteja presente.

Não que eu não saiba, não que eu saiba de verdade,

Na verdade nada sei e todos os nãos se anulam.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Mãe

Por vezes pareço ser insensível e não me importar

Transpareço ser aquilo que não quero mostrar

Se não choro com você saiba que meu coração se despedaça.

Pois quando nada posso fazer o que vai me adiantar chorar?

Pois quando nada posso fazer eu só posso rezar e pedir a Deus por você,

E se não sabes disso peço a Deus também por mim, pois não posso te perder.

Eu daria minha vida e não seria favor nenhum, posto que já me foi dada por você.

Eu faria tudo pra não ti ver sofrendo, ti ver como antigamente, feliz...

Lembranças tão amareladas que invadem meus pensamentos,

Meus desenhos, pinturas que eu sempre te presenteava,

E tudo que eu precisava pra ser feliz era um beijo um abraço e um sorriso teu.

E justo eu que muitas vezes não sei quem sou e nem como definir o amor

Tenho a única certeza que amo e sempre amarei você.

domingo, 11 de maio de 2008

Sobrevivência

Vivi pouco, até menos do que a idade que tenho,

Parei muitas vezes diante do desconhecido,

Travei onde devia desenrolar,

Me entreguei quando não devia amar.

Fui além de onde não devia se chegar

O além do retroceder, do voltar.

Muitas vezes parei no tempo, mas não pude o parar.

E eu caminhei, segui com passos inseguros e não soube achar...

Chorei, em tantos caminhos passei, e não te segurei.

Mas nada é em vão hoje eu sei...

Nada é engano também sou ser humano

Apesar de muito errar e achar que pouco vivi

Deve haver mais algum motivo por ainda estar aqui.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Minha exatidão

Eu procuro e muitas vezes não acho respostas

E é por isso que escrevo e ponho minha lógica à prova.

Entendo cada vez mais que não posso entender

Entendo cada vez mais que só posso escrever...

Só posso expandir esse momento.

Não posso lutar contra o que sou

E o que sou? Também não posso definir-me.

Mas não é necessário definição por que somos feitos de momentos,

Não é necessário definição, somos menos razão e mais sentimentos.

E por mais que busque respostas eu sempre estarei longe...

Longe do que vou ser, longe da exatidão que a minha rasa razão e profunda emoção buscam conhecer...

Sempre no raso nadando para o fundo...

Poeta das noites, bêbado, escrevendo no seu quarto escuro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Démodé (fora de moda)

Não faço amigos por conveniência

Não mudo de amores com freqüência

Não procuro estar sempre na moda

Não espero que você me ache foda.

Não tenho uma lista de pretendentes

Não espero que você me ache atraente.

Não pus um pircing no umbigo,

Não tatuei o meu ouvido.

Não deixei de ser crente, muito menos coerente,

Não espero que você me ache foda eu sei bem, não estou nada na moda...

Eu não espero nada, nada de alguém, nada de você.

Eu espero mais, muito mais de mim.

Mais do que ser alguém que você gosta

Mais do que ser alguém foda que esteja sempre na moda,

Me desculpe esse meu jeito démodé...

Mas sou muito mais eu do que você.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Nenhuma Letra

Eu nunca escreveria um poema pra você

Você de verdade nunca mereceu.

Eu nunca te diria eu te amo

Seria o meu mais terrível engano.

E em meu caderno nunca estaria teu nome

Nem um coração ou uma letra, definitivamente esqueça!

E jamais eu pensaria tanto em você assim...

Tanto pra por vezes até esquecer de mim.

O meu amor você jamais conheceu

E o seu amor muito menos, tanto menos eu!

E nada disso eu negarei a quem quiser saber,

Nenhuma letra me surgiria ao pensar em você.

Nenhuma letra, nenhuma letra...

E tudo que eu escrevo são letras que me vem como o ar

Vento bate na folha e faz a arvore balançar...

Das chuvas que caem de repente lavam e fazem inundar...

Daquele passarinho ali sozinho no fio, ta vendo?

Então, to dizendo! É pro passarinho que eu escrevo...

Pois é, então esqueça! Saiba que eu escrevo assim romântico e até falo de tristeza...

Mas tudo que eu penso é na natureza e todas as belezas do existir...

E por favor, não me pergunte mais nada, não me aborreça!

Que eu to escrevendo um poema novo...

Mais um daqueles que tem romance e também tristeza

Não, eu já disse! Não é pensando em você é na natureza!

Por isso eu te peço pare de insistir!

Não sei mais por quanto tempo vou conseguir fingir.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Hoje Me Deu Vontade De Falar Com Você

Hoje me deu vontade de falar com você

Brigar com você, te irritar um pouco.

Como antes, como antigamente.

Deu vontade de dizer o quanto você é chata

E o quanto você me irritava.

Vontade de te chamar atenção no MSN

Só pra atrapalhar todas as suas conversas.

A vontade foi tanta que eu falei

E parecia como antes não mudou quase nada...

Você continua linda, perfeitamente irritante.

Com aquele seu mesmo sorriso, maldosamente inebriante.

E me falou, ah quanto tempo! Você não faz nenhuma falta.

E eu falei... É faz muito tempo, mas te guardei no meu coração.

Você sorriu e disse que adora minhas mentiras,

E eu respondi... – por isso mesmo que eu gosto de você.

Me disse então, pois é to indo viajar, vou me mudar, um dia quem sabe a gente se ver...

E eu falei... Adeus, até logo boa sorte pra você.

Mas pensei... Não vai, fica comigo! To com saudades, vou sempre pensar em você.

Eu Queria Terminar Esse Poema

Eu queria terminar esse poema

Escrever algo de bonito por essa noite

Algo de belo pra que você possa sorrir.

Eu queria saber terminar essa poesia

Mas eu não sei terminar, eu não sei...

Queria também que você estivesse aqui comigo

Ali no sofá me esperando, ansiosa pra me ver terminar,

Essa poesia que acabei de começar.

Eu queria poder ver teu rosto em meu pensamento

Mas eu ainda não posso te ver, nem sei nada de você.

Mas eu juro que queria que você estivesse agora no meu sofá

Pra eu poder terminar e te mostrar o final feliz.

Talvez eu precise parar de escrever já que você não esta aqui pra ler.

Talvez eu deva continuar escrevendo um dia você vai estar aqui me lendo.

E eu vou te ler bem daqui do meu sofá.

E era tudo que eu queria fazer terminar essa poesia.

No entanto descobri que não quero um final pra apenas acabar

Quero no fim te reconhecer e te abraçar

Felicidade você e eu, a mais bela poesia não descrita,

Embolados no meu imaginário sofá entre a sala e a cozinha.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Aquela foto antiga

Mas uma vez eu olho para o seu retrato

Mas dessa vez algo mudou

Não foi igual da ultima vez,

Antes eu não te via e só ti via.

Mas ainda lembro daquela tua antiga foto, nela você sorria timidamente,

E do dia para noite você invadiu meu mundo, minha mente.

E todo dia eu precisava te ver, nem que fosse a tua foto, aquela foto antiga,

Porque só ali teu sorriso era só pra mim e eu te olhava sem fim.

E hoje a foto mudou e algo mudou em mim também,

Mas você continua a mesma, a mesma daquela foto antiga...

E então eu descobri, aquele sorriso nunca foi pra mim.

Nada foi verdade, teu sorriso tão falso como um fotoshop fabricado,

Tudo era montagem de você eu fiz uma imagem, eu não te conhecia.

Lembrei de mais uma foto era a que eu menos gostava

Você ficava de costas andava como quem se afastava,

Tua face eu não via assim como eu nunca realmente vi.

E só agora eu descobri aquela foto que era pra mim.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Ser Adulto

Às vezes me sinto como a criança de castigo

Com medo de sair do canto do quarto

Querendo lembrar e chorar até adormecer.

Às vezes me sinto como a criança desbocada

Fala tudo que pensa e não pensa,

Nas horas certas e também nas erradas.

Às vezes me sinto essa criança com as verdades do mundo

Palavras brancas e nada monossílabas,

Nunca ouvi falar de verdades totalmente coloridas.

Todo dia eu me sinto a mistura desse um e desse outro,

Às vezes pior às vezes melhor às vezes até louco,

Nem sei e ainda faço pouco de mim e do que sou e não sou...

Porque importante mesmo é ser é sentir é viver esse tudo,

E quando isso me acontece eu sinto e percebo o que é ser adulto.

terça-feira, 15 de abril de 2008

ET

Eu amei uma pessoa que não existia,

Foi como fazer planos para uma fotografia.

Eu amei alguma coisa inexistente,

Em você não cabe e talvez não caiba em toda gente.

Mas eu amei e achei mais uma vez que tinha acertado,

Amei e mais uma vez amei errado.

Mas como pode ser eu nunca ter razão,

Infundado vai ser sempre meu coração?

Eu amei uma pessoa, um ser que não existia!

Nesse mundo não nasceu, mas em você eu achei que nasceria...

Me enganei outra vez, o Déjà vu aconteceu.

Nesse mundo, quem sabe, o ET seja eu.

Eu Que Pareço Ser Fraco

Eu que pareço ser fraco.

Eu que sempre quis ser forte.

Nunca quis lutar e não vi que tudo é quase guerra.

Sempre vi amor naquilo que quase sempre era dor.

E nesse quase sempre ver eu sempre sentia, sempre sentia...

Mas era demais, era demais, tanto que já não quero pensar tanto.

Penso nisso agora, penso naquilo quase sempre, e só queria que fosse menos...

Bem menos muito menos, mas não tão pouco que não possa nada sentir.

Não quero ser muito, sentir-me-ei louco.

Nem menos demais, também serei louco por sentir-me oco.

E é dessa loucura que eu falo agora, ela que me assalta e leva tudo embora,

Ora me volta e traz tudo que era meu, tudo, até o que não tinha e não queria.

E o que eu não tenho e quero, ela não me trás, ela não me trás...

E logo eu que pareço ser fraco descrevo cada pedaço desta quase patologia,

Faço quadros com cada gota de sangue para travestir de poesia cada hemorragia.

Música e Poesia

Meu prazer minha alegria

Não serei mais eu que viverei

Se um dia deixar de ouvir musica e fazer poesia.

Minha loucura e meu calmante

Ao menos sei que não me impedirão de escrever

E nem que Renato Russo e cazuza eternamente cantem...

Minha dor minha amargura,

Escrevo também meu sabor do viver

Misturo o veneno e o remédio,

A tortura e a cura.

Não tenho lápis predileto e nem sempre uso caneta

Meu caderno vive borrado e muitas vezes prefiro usar o teclado.

Eu estou no que escrevo no que escuto.

Faço parte da melodia do verso e da letra da canção.

Ponho meu coração em toda essa arte,

Nem sei mais se ela faz parte de mim

Ou se dela eu faço parte.

sábado, 5 de abril de 2008

Segundos

As vezes eu escuto a tua voz como num flash de 2 segundos.
As vezes eu escuto a tua voz, e nessa hora se cala o mundo.
Quando isso acontece, depois eu não lembro, não lembro, ou finjo esquecer.
Outras vezes eu me lembro tanto, e ai é bem mais, muito mais que 2 segundos...
E eu me perco nesses segundos poucos segundos que você me fala,
Sua voz baixa me tira o sono e isso não é nada bom
Baixa e suave me tira do tom e isso é grave.

Tudo Que Preciso

Tudo que se pode precisar,
Mais forte do que todos os sentidos do corpo,
Mais forte que toda ansiedade que busca a calma
É o desejo de completar-se da alma.
Não é corpo não é prazer
É muito mais que êxtase total,
Não se pode fingir ter, ser.
É a aura que brilha através do olhar,
É o corpo que vibra só do coração pulsar,
É sentir-se só coração e com ele nunca parar.
É não saber dizer, querer e não precisar explicar.
É a união daquilo que eu queria e daquilo que eu não sabia que existia.
Tudo que se pode precisar...
É só o que eu preciso tudo que você nem imagina.
Tudo que eu sei que já senti um dia,
Em meus sonhos, não sei, nessa vida ou em outra...
Mais eu nunca esqueci, nunca depois daquilo adormeci,
Eu só esqueço aquilo que na verdade eu não vivi ou nunca quis viver,
E hoje eu sei que tudo na vida que eu preciso é você.

sábado, 22 de março de 2008

Sensação

Quer saber quando te vi naquela multidão
Foi como disparar e parar, não sabia o que pensar,
Como me comportar o que dizer,
Eu só sabia olhar pra você.
Como se fosse apenas imagem, um filme na TV.
Foi tudo como um filme, um monólogo
Uma peça teatral um único texto.
Quer saber, eu nem precisei te ver,
Nem precisei te tocar.
Sabe, não tem como não saber
Você não foi alguém, mas nada te substitui.
Você não chegou mais entrou.
Você não esteve, mas estava em toda parte.
Não era alegria nem só agonia.
Pra mim era mais que isso, de mim grande parte.
Do meu todo tudo transborda, mas nada sobra, transformo em arte.
Uma grande provação em minha vida.
E logo eu que não sei viver,
Que não sei amar.
É eu sei você não foi alguém
E eu ainda não passei nessa provação,
O que eu sei é que você foi e é
A minha melhor e pior sensação.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Devaneios

Encontro-te sempre por ai nos meus caminhos,
Corro nas ruas com meus passos largos,
Hora paro fecho os olhos...
Devaneios de dor e prazer.
Não é raro é rápido...
Pensamentos bons que voam,
Flashes passando como vaga-lumes...
Buscando sempre respirar outro ar que não teu perfume.
Já me acostumei a não te esquecer,
Noites piores e dias melhores,
Assim sempre vou amar você.
Como o sol pra sempre vai desejar a lua
Pra sempre vou ser sua
E você querendo ou não,
Vai brilhar na minha escuridão
Tendo a certeza que sempre vou te encontrar ali...
No pequeno espaço de um pôr-do-sol.

domingo, 16 de março de 2008

Preciso

Preciso sentir a mudança dos tempos,
Me fazer voar, rodar por ai, ser cata-vento.
Preciso sentir a mudança de ares,
Buscar outras luas, entrar em outros infinitos particulares.
Saber sentir o cheiro das manhas, colher o mel cortar o fel.
Preciso trilhas novos caminhos,
Onde haja tantas flores, infinitas cores, não me ludibriar com espinhos.
Que nem tudo na vida é musica e poesia...
E eu preciso me cuidar acertar o passo,
Ser assim, um verso versátil buscando sempre o ritmo certo.

O ontem que não passa (Chuvas)

Não me sentir bem, quando você vem
É como se toda verdade que dói voltasse,
É como se o tempo não tivesse passado
Todo dia fosse ontem...
O ontem que eu busco esquecer,
Olhando pra sua foto, querendo te ver
Querendo o que não se deve querer,
Ver você naquela fotografia, aquela imagem parada
Assim como eu me sinto agora, parada no tempo
No ontem que já faz muito tempo
O ontem que não passa.
E é talvez por isso que eu reze tanto por chuvas.

segunda-feira, 10 de março de 2008

(...)

Saber que o mundo pode girar
As coisas vão mudar de lugar
Você vai aprender, vai crescer,
Mas eu vou sempre estar aqui por você.
Saber que a lua muda...
E nos teus dias de luas cheias
Nos teus dias tristes sem lua,
Lua crescente ou minguante,
Não vou deixar de te amar nenhum instante.
Quando não sei o que dizer, me encontro nas suas palavras,
Quando não sei o que pensar, me encontro no seu olhar,
E quando meu mundo desaba como um precipício
Você me deixa feliz com um simples sorriso.
Aprendi com você que o amor não é dor,
Amor é alegria, amor é saber querer...
Hoje sei que o amor de verdade existe
Porque realmente amo você.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Conclusões

Eu sei que não te amo, eu penso, compreendo enganos, eu sei tudo isso e muito mais, sei quanto mal você me faz, sei que talvez você não entenda que o mundo não é feito de bonecos sem sentimentos, bonecos que se usam e se jogam fora, trocados por um mais novo que esteja na moda. Sei também que entender tudo isso não muda minha condição de vida, não impede que eu esteja perdida, mas favorece para que eu me encontre, me ache, saiba pelo menos onde estou. E onde eu estou? Num precipício, ao menos sei onde estou então não vou me jogar, eu vou parar! Seguir na direção certa, ou então na menos errada. Eu tenho minha consciência, mas admito não tenho muita paciência pra esperar, pra que tudo aconteça.
Quando meu coração começa a falar o mundo gira, eu penso, reflito, mas não adianta quando me sinto presa. Sentir-me, isso é o que dói mais... Eu me sinto em tudo, mas eu sei o quanto é importante, sentir-se é saber-se, entender o que na vida foi para mim reservado, nem da dor eu quero ser privado.
Não há nada mais complexo que sangrar sem terem me cortado a carne, chorar sem lagrimas... Feridas profundas que não há remédio que cure, cicatrizes que só a gente sabe só a gente vê, e pra essas sensações não há medico que ajude, não existe anestesia. E porque eu me privaria de ser especial? Jamais! Eu entendo quanto bem essa dor, essa ferida, esse fluido incolor me traz! Eu entendo a dor, não entendo as pessoas e por isso minha ferida cresce! Mas não decresce minha vontade de viver.
Vontade de amar, já amo a vida e toda essa complexidade que hora parece ser tão simples, pois bons amigos dizem.. – relaxa! É só viver e aproveitar! Visão de viver que eu também preciso ter, e a tenho em alguns momentos, eu relaxo sim, só não posso e não consigo ser alheia a mim! Alheia a minha percepção! Relaxo, e ainda assim entendo que sentir-se é tudo, amar é um dom e estar vivo é mais que maravilhoso.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Receita

Será que vai ser sempre assim
Essa agonia me perturbando, me envenenando...
Essa dor que parece não ter cura, nem começo nem fim,
Mas insiste em habitar dentro de mim, e viver assim como um parasita.
Hora para, hora transita, sou apenas a sua casa, a sua casca.
O que me alivia é poder trazê-la para fora dessa única forma.
Espremo esse parasita que me debilitada da minha maneira,
Pego papel e caneta e como receita a faço, transcrita.

terça-feira, 4 de março de 2008

Rima do Passado

Hoje eu só quero escrever,
Não me peça nada, me deixa sozinha,
Nem que seja pra pensar em você.
Quando tu me vens à cabeça me salta o coração,
Não quero pensar no amor não existe, é ilusão!
Mais o que fazer quando apareces de repente,
É no sonho da noite, da tarde acordada, penso tanto na gente.
Penso no porque, penso no como, e não chego a nenhuma conclusão.
Você na minha vida, na minha poesia, só rima com ilusão.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Em frente

Não sei como pode ser, ser tão diferente de você,
Tão diferente o que eu senti e o que eu sinto agora,
Foi alguém que me teve a alma, mas não entendeu nada,
Alguém que eu achava que conhecia, mas nada eu sabia.
Quando eu penso que entendi tudo, noto o quanto meu pensamento foi absurdo.
Por amor, eu sei, eu faria, eu diria tudo outra vez!
Quem sente entende, não mente,
Faz valer à pena o amor da gente.
E é por amor a mim que eu sigo em frente.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Bendito malgrado

Hoje estou torpe de uma felicidade triste, estou certo que preciso ter fé, e que Deus existe, sinto-me mal e bem, não sei por que escrevo esse pensamento tolo, talvez porque tolo seja não pensar no que penso agora.
Sinto-me cheio de mim, da minha fé inabalável que Deus existe, e chego a duvidar de algo que antes nunca tive dúvidas, de algo pra mim antes concreto, pensava, alegria é sentimento bom, e a dor sentimento sempre ruim. E agora duvido disso, duvido com todas as minhas forças, com toda a minha lógica posta ao avesso.
Alegria a tenho, e nem sempre a reconheço, mas sei que também com ela posso um dia me defrontar, no entanto toda alegria faz bem para o coração e isso não se pode negar.
O que me defronto e enfrento agora é a dor, sentimento odioso? Sentimento que faz mal, maléfico em seu todo? Não, hoje eu pude entender, nenhuma cruz se carrega em vão, dor profunda também não!
Hoje meu Deus, eu sei por que eu choro, eu sei por que também não me mato! Meu Deus o conhecimento está sempre à beira do precipício assim como tudo de maior valor! Meu Pai, eu te compreendo um pouco agora, entendo porque a dor estar tão próxima do amor!
Jesus foi crucificado, foi por amor que ele sentiu aquela dor, ele mostrou no momento que era humano em carne, que a sua dor era uma prova de amor para a humanidade.
E eu aqui parado, com esse sentimento me abrindo o peito e a mente vejo que muito pior é ser um ser dormente, sinto essa dor que me aflige o coração, mas que não me faz apenas derramar lágrimas, me faz muito mais, abro meus olhos e amplio meus pensamentos.
Noto nesse momento que a dor que carrego no peito é a dor que a ela estou sujeito, a dor que me faz ver agora o mundo com outros olhos, ver qualidades em coisas e sentimentos, onde antes eu não tinha talvez nem um ponto de vista formado, e o que torna mais fascinante, na dor eu o tinha.
E agora eu posso respirar melhor, sinto que essa dor que muitas vezes me perturba também me rebusca e me faz notar o melhor de mim, essa dor vista antes como malgrado, me tira de trás das grades da uniformidade generalizada, do pensar igual, sem pensar que o igual é sempre correto.
Bendito malgrado, me agrado do que a pouco me afligia, juro meu Deus, me dá um nó na garganta de pensar o quanto doía... E, no entanto, sei que vai voltar a doer, e mais um pouco eu irei crescer e entender que essa dor é malgrado que a Deus devo ser grato, pois se tornará meu conhecimento, é a flor que hoje murchando, à sua hora regada, haverá de oferecer frutos, é a chuva de pedras que me acertou com muita força, mas que dela farei minha fortaleza.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Falta

Eu sinto falta de dizer o quanto eu sinto a sua falta,
Eu sei isso é estranho, sinto falta também de dizer o quanto te amo.
Sinto falta até de sentir aquela imensa raiva de você, não era raiva era ciúme,
Sinto falta de imaginar que sentia teu beijo, teu perfume.
Sinto falta da sua indecente infantilidade do seu jeito de ser, nunca me escondendo a verdade.
Falta de mais de me abrir com você, mesmo sabendo que você dificilmente iria me entender...
E você também se abrir comigo, você era meu amor e eu pouco mais que um amigo.
Eu sinto muita falta, e isso eu não posso negar, o meu inocente coração se abriu demais e sabe que agora é hora de se fechar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Folha em branco

Gosto de escrever na folha em branco.
A folha em branco não me aponta, não me direciona.
A folha em branco não é nada mais que uma folha em branco,
Até o momento que eu a toco.
A folha em branco já não é mais branca, veja note ao redor, não siga uma só direção!
Sinta a folha em branco, faça parte dela, escreva, pinte e veja o que você visualiza?
Não queira me descrever, se descreva pra você, pinte, use seu pincel! Escreva com seu lápis, faça da sua vida uma obra de arte.

Sabedoria

O que me foge no momento é o entendimento.
Aquele mesmo que o tinha há alguns minutos atrás.
Não sei mesmo se foram minutos ou segundos de sabedoria.
Agora não tenho nem a pretensão de dizer que a tive ao certo.
Sabedoria? Aquela que falta em todo mundo, mas o mundo joga na cara!
Aquela que se pode ver, mas nem sempre enxergar.
A sabedoria que faz o mundo melhorar não notada o desaba!
Eu só busco a minha, é tão pouca, mas sem ela sou nada.
E eu a tive há alguns segundos, minutos atrás?
Há tive? Agora não sei mais.

Ignorância

O que mais te perturba é buscar a tua paz, vendo-a tão perto e tão inacessível.
O que mais te perturba é buscar a tua paz onde não se jaz.
Perturba pensar rápido, correr atrás do incerto, fugir para o errado!
Perturba buscar a perfeição, não existindo exatidão.
Perturbante se sentir ignorante, pasmo o bastante não enxergando o obvio.
Pasmado vejo o que me perturba, noto a sabedoria sentimental que há na ignorância.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Revelações.

E tudo que te faz morrer te ensina muito sobre o que é a vida,
Te faz morrer hoje, chore tudo que puder, mais pense, pense muito.
Esse hoje é demorado, prolongado, todo mundo tem seu tempo.
O seu hoje é precipício, é calvário, nunca esqueça o seu hoje, ele será sempre válido.
E não se faça de forte, não se faça! Sua fortaleza não está no fingir, todo fingir é corrupto e sem validade.
E quem disse que chorar é ser fraco? Lágrimas nos olhos... Nuvem negra que leva a água para o riacho que suporta toda a correnteza...
É a cachoeira que te leva com mais velocidade a futura beleza sincera da felicidade intensa de um sorriso.
Fraqueza é não saber, é não ter a capacidade de sentir, esse tão complexo sentimento.
Aonde que ser forte é mentir pra si? É fraqueza não se sentir, não querer se saber!
Mentir pra si é se esconder, omitir tudo pela mascara da falsidade e vaidade.
A verdadeira força está na verdade.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Rabisco

É tanta coisa pra saber que é impossível não saber de nada,
Tanto por escrever que tudo me vem em mente e eu fico transbordante.
E é a febre dos pensamentos que me faz querer sempre mais,
Digo-me, - devo sobrepor meus pensamentos? Devo entendê-los e absorve-los.
E letra por letra, frase por frase, cada sensação transcrita... Tudo é passional, pego a caneta e me transformo naqueles “rabiscos.” Sou a letra cheia de curvas, não sigo padrões, nada é a risca, e a cada risco me transtorno, formo e deformo, me mostro. Sou a letra, a frase, o texto, o poema em fim! Vivo passional não uso caderno de caligrafia.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

além

Além de mim
Ainda gosto de você
Além de mim...
Você é um além do mar..
Fala pra mim
Que tudo pode acontecer
Mas nosso amor, nosso amor não vai morrer.
Quem ama nunca se vai, fica pra sempre dentro da gente,
Nunca é pouca coisa um sentimento e não existe distancia que separe,
Pois grandioso fica maior com a chama da saudade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Não viva de idealizar, realize.
Sonhar demais é levitar num céu inabitável,
Incabível é viver de desejar apenas.
O céu aspirado é ilusão!
E nesse sonho inabitável céu será inferno.
Tenha fé, tenha sonho sim, mas sem alegorias!
Sonhar demais é viver em fantasia,
E quando se acorda às vezes é tarde demais,
Olhos abertos, mas exaustos!
Salto das nuvens sem pára-quedas
Pés virgens e descalços podem topar e cair
Tudo é novo, tudo é sobre-salto.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O que importa?

O que te importa agora?
Já não existem mais portas, já não existem mais caminhos de volta.
O que importa agora?
Nunca ouve cadeados, mais eu te entreguei todas as chaves!
O que importa?
Você perdeu, me prendeu nessa mentira, e sem as chaves é mais difícil sair, sorrir.
Se não importa agora,
Porque eu penso tanto em tudo isso, se não foi nada de verdade, nunca foi nada.
E se é nada,
Porque esse nada é tão grande, toma tanto espaço dentro de mim?
Porque eu me importo agora?
Se nunca teve importância nenhuma pra você e agora mais do que nunca eu vejo isso!
Não há caminhos de volta!
Nem eu quero construir nenhuma porta, melhor mesmo que se façam os muros, que se entrelacem as correntes e cadeados e desmanchem as chaves depois de tudo de uma vez trancado.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Vazio

Vazio dentro de si, não, esse não é o problema que te tira o sono.
A dor forte, sem saber o porquê, mesmo se sabendo mais não entendendo...
Você quer afogar tudo aquilo que te deixa sem ar, você quer respirar.
Prenda a respiração puxe todo o ar que puder,
O ar não se mistura com a dor é como água e óleo...
Solte todo aquele ar, solte devagar, segundos de alívio, segundos que seguem.
Vazio dentro de si, não, não é vazio, na verdade só estou cheia de tudo isso.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Cansaço.

Eu to cansada de saber sempre o que vai acontecer,
To cansada de prever o final de toda novela.
To cansada de saber o que você vai me dizer e o que você vai pensar,
Cansada de repetir os mesmo erros sempre.
Não serve de nada ser consciente se não agimos de acordo.
A consciência é a razão mais quem manda mesmo é o coração.
Que clichê falar de coração! Mais é sempre ele não posso me esquivar!
Sem ele eu sou nada e com ele às vezes também me sinto um zero a esquerda.
Às vezes eu creio ser alucinação toda essa minha compreensão, porque isso me cabe?
Nunca gostei de fazer perguntas, só faço o imprescindível e vagas são as respostas.
Vago nesse meu cansaço de sempre saber, de sempre sentir, e desse nunca esquecer.

Diferença

Não é nada demais, quando eu só preciso saber o que sinto,
Independente do mundo lá fora, mais importante é aqui dentro.
Nada demais são opiniões, o que importa são as decisões.
Tudo é demais quando não se sabe pra que lado fica o norte
Quando se faz mil perguntas a tudo e a todos, o porquê de tudo?
Nunca faça isso, isso não se faz o seu norte não é o mesmo que o meu.
Ninguém é igual, não somos iguais e eu não quero essa igualdade.
Nunca busquei a igualdade, quero a sua mais forte diferença!
Assim como quem busca sempre a própria verdade.

Porques.

Porque não têm motivos pra se fazer mais perguntas
E não importa a quantidades de porquês que eu me faça
A quantidade de porquês que eu te faça
Nada vai mudar o que eu sinto por você agora
Nada vai mudar o que eu sinto por você pra sempre
E o que você sente por mim não importa
Porque você não sabe sentir não sabe transmitir
Ou não sente e mente mesmo...
Mente pra você ou mente pra mim?
Esqueça todos os porquês!
Esquecer as palavras faladas, ouvidas, sentidas,
Esquecer é a palavra!
Omitir não é mentir em qual vida?
Esqueça de mim, esqueça de omitir também, pro seu próprio bem!
Esqueça, Esquecer é a palavra que nos preserva!
e omitir sua existência é o que eu faço agora.