sexta-feira, 7 de março de 2008

Conclusões

Eu sei que não te amo, eu penso, compreendo enganos, eu sei tudo isso e muito mais, sei quanto mal você me faz, sei que talvez você não entenda que o mundo não é feito de bonecos sem sentimentos, bonecos que se usam e se jogam fora, trocados por um mais novo que esteja na moda. Sei também que entender tudo isso não muda minha condição de vida, não impede que eu esteja perdida, mas favorece para que eu me encontre, me ache, saiba pelo menos onde estou. E onde eu estou? Num precipício, ao menos sei onde estou então não vou me jogar, eu vou parar! Seguir na direção certa, ou então na menos errada. Eu tenho minha consciência, mas admito não tenho muita paciência pra esperar, pra que tudo aconteça.
Quando meu coração começa a falar o mundo gira, eu penso, reflito, mas não adianta quando me sinto presa. Sentir-me, isso é o que dói mais... Eu me sinto em tudo, mas eu sei o quanto é importante, sentir-se é saber-se, entender o que na vida foi para mim reservado, nem da dor eu quero ser privado.
Não há nada mais complexo que sangrar sem terem me cortado a carne, chorar sem lagrimas... Feridas profundas que não há remédio que cure, cicatrizes que só a gente sabe só a gente vê, e pra essas sensações não há medico que ajude, não existe anestesia. E porque eu me privaria de ser especial? Jamais! Eu entendo quanto bem essa dor, essa ferida, esse fluido incolor me traz! Eu entendo a dor, não entendo as pessoas e por isso minha ferida cresce! Mas não decresce minha vontade de viver.
Vontade de amar, já amo a vida e toda essa complexidade que hora parece ser tão simples, pois bons amigos dizem.. – relaxa! É só viver e aproveitar! Visão de viver que eu também preciso ter, e a tenho em alguns momentos, eu relaxo sim, só não posso e não consigo ser alheia a mim! Alheia a minha percepção! Relaxo, e ainda assim entendo que sentir-se é tudo, amar é um dom e estar vivo é mais que maravilhoso.

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