quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Bendito malgrado

Hoje estou torpe de uma felicidade triste, estou certo que preciso ter fé, e que Deus existe, sinto-me mal e bem, não sei por que escrevo esse pensamento tolo, talvez porque tolo seja não pensar no que penso agora.
Sinto-me cheio de mim, da minha fé inabalável que Deus existe, e chego a duvidar de algo que antes nunca tive dúvidas, de algo pra mim antes concreto, pensava, alegria é sentimento bom, e a dor sentimento sempre ruim. E agora duvido disso, duvido com todas as minhas forças, com toda a minha lógica posta ao avesso.
Alegria a tenho, e nem sempre a reconheço, mas sei que também com ela posso um dia me defrontar, no entanto toda alegria faz bem para o coração e isso não se pode negar.
O que me defronto e enfrento agora é a dor, sentimento odioso? Sentimento que faz mal, maléfico em seu todo? Não, hoje eu pude entender, nenhuma cruz se carrega em vão, dor profunda também não!
Hoje meu Deus, eu sei por que eu choro, eu sei por que também não me mato! Meu Deus o conhecimento está sempre à beira do precipício assim como tudo de maior valor! Meu Pai, eu te compreendo um pouco agora, entendo porque a dor estar tão próxima do amor!
Jesus foi crucificado, foi por amor que ele sentiu aquela dor, ele mostrou no momento que era humano em carne, que a sua dor era uma prova de amor para a humanidade.
E eu aqui parado, com esse sentimento me abrindo o peito e a mente vejo que muito pior é ser um ser dormente, sinto essa dor que me aflige o coração, mas que não me faz apenas derramar lágrimas, me faz muito mais, abro meus olhos e amplio meus pensamentos.
Noto nesse momento que a dor que carrego no peito é a dor que a ela estou sujeito, a dor que me faz ver agora o mundo com outros olhos, ver qualidades em coisas e sentimentos, onde antes eu não tinha talvez nem um ponto de vista formado, e o que torna mais fascinante, na dor eu o tinha.
E agora eu posso respirar melhor, sinto que essa dor que muitas vezes me perturba também me rebusca e me faz notar o melhor de mim, essa dor vista antes como malgrado, me tira de trás das grades da uniformidade generalizada, do pensar igual, sem pensar que o igual é sempre correto.
Bendito malgrado, me agrado do que a pouco me afligia, juro meu Deus, me dá um nó na garganta de pensar o quanto doía... E, no entanto, sei que vai voltar a doer, e mais um pouco eu irei crescer e entender que essa dor é malgrado que a Deus devo ser grato, pois se tornará meu conhecimento, é a flor que hoje murchando, à sua hora regada, haverá de oferecer frutos, é a chuva de pedras que me acertou com muita força, mas que dela farei minha fortaleza.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Falta

Eu sinto falta de dizer o quanto eu sinto a sua falta,
Eu sei isso é estranho, sinto falta também de dizer o quanto te amo.
Sinto falta até de sentir aquela imensa raiva de você, não era raiva era ciúme,
Sinto falta de imaginar que sentia teu beijo, teu perfume.
Sinto falta da sua indecente infantilidade do seu jeito de ser, nunca me escondendo a verdade.
Falta de mais de me abrir com você, mesmo sabendo que você dificilmente iria me entender...
E você também se abrir comigo, você era meu amor e eu pouco mais que um amigo.
Eu sinto muita falta, e isso eu não posso negar, o meu inocente coração se abriu demais e sabe que agora é hora de se fechar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Folha em branco

Gosto de escrever na folha em branco.
A folha em branco não me aponta, não me direciona.
A folha em branco não é nada mais que uma folha em branco,
Até o momento que eu a toco.
A folha em branco já não é mais branca, veja note ao redor, não siga uma só direção!
Sinta a folha em branco, faça parte dela, escreva, pinte e veja o que você visualiza?
Não queira me descrever, se descreva pra você, pinte, use seu pincel! Escreva com seu lápis, faça da sua vida uma obra de arte.

Sabedoria

O que me foge no momento é o entendimento.
Aquele mesmo que o tinha há alguns minutos atrás.
Não sei mesmo se foram minutos ou segundos de sabedoria.
Agora não tenho nem a pretensão de dizer que a tive ao certo.
Sabedoria? Aquela que falta em todo mundo, mas o mundo joga na cara!
Aquela que se pode ver, mas nem sempre enxergar.
A sabedoria que faz o mundo melhorar não notada o desaba!
Eu só busco a minha, é tão pouca, mas sem ela sou nada.
E eu a tive há alguns segundos, minutos atrás?
Há tive? Agora não sei mais.

Ignorância

O que mais te perturba é buscar a tua paz, vendo-a tão perto e tão inacessível.
O que mais te perturba é buscar a tua paz onde não se jaz.
Perturba pensar rápido, correr atrás do incerto, fugir para o errado!
Perturba buscar a perfeição, não existindo exatidão.
Perturbante se sentir ignorante, pasmo o bastante não enxergando o obvio.
Pasmado vejo o que me perturba, noto a sabedoria sentimental que há na ignorância.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Revelações.

E tudo que te faz morrer te ensina muito sobre o que é a vida,
Te faz morrer hoje, chore tudo que puder, mais pense, pense muito.
Esse hoje é demorado, prolongado, todo mundo tem seu tempo.
O seu hoje é precipício, é calvário, nunca esqueça o seu hoje, ele será sempre válido.
E não se faça de forte, não se faça! Sua fortaleza não está no fingir, todo fingir é corrupto e sem validade.
E quem disse que chorar é ser fraco? Lágrimas nos olhos... Nuvem negra que leva a água para o riacho que suporta toda a correnteza...
É a cachoeira que te leva com mais velocidade a futura beleza sincera da felicidade intensa de um sorriso.
Fraqueza é não saber, é não ter a capacidade de sentir, esse tão complexo sentimento.
Aonde que ser forte é mentir pra si? É fraqueza não se sentir, não querer se saber!
Mentir pra si é se esconder, omitir tudo pela mascara da falsidade e vaidade.
A verdadeira força está na verdade.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Rabisco

É tanta coisa pra saber que é impossível não saber de nada,
Tanto por escrever que tudo me vem em mente e eu fico transbordante.
E é a febre dos pensamentos que me faz querer sempre mais,
Digo-me, - devo sobrepor meus pensamentos? Devo entendê-los e absorve-los.
E letra por letra, frase por frase, cada sensação transcrita... Tudo é passional, pego a caneta e me transformo naqueles “rabiscos.” Sou a letra cheia de curvas, não sigo padrões, nada é a risca, e a cada risco me transtorno, formo e deformo, me mostro. Sou a letra, a frase, o texto, o poema em fim! Vivo passional não uso caderno de caligrafia.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

além

Além de mim
Ainda gosto de você
Além de mim...
Você é um além do mar..
Fala pra mim
Que tudo pode acontecer
Mas nosso amor, nosso amor não vai morrer.
Quem ama nunca se vai, fica pra sempre dentro da gente,
Nunca é pouca coisa um sentimento e não existe distancia que separe,
Pois grandioso fica maior com a chama da saudade.