quinta-feira, 27 de outubro de 2011

As verdades relativas são mentiras
Quem você acha que pode enganar?
Não engana nem a si mesmo
Não usa desculpas, não tem motivos...
Apenas não quer aumentar sua parte participativa nisso
Que eu chamo de nosso amor.
Porque sozinha eu não posso
Não adianta ser meu se não for nosso
Assim nossa vida enguiça
Se você tem preguiça... de nós
Tem preguiça da vida
Já basta todo mundo que nos critica por não sermos melhores
Eu penso que podemos ser maiores que tudo isso
Eu sinto que nosso amor é mais forte
Porque nascemos da morte, nascemos da sorte de uma amizade
Eu quero muito que ainda seja verdade
Que ainda cresça, amanheça e permaneça
Não quero que você esqueça que eu sou sua
E você sabe que é minha
Não como objetos, mas como amor concreto.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mãos

As mãos quando se encontram
São como os lábios quando se beijam
Como os corpos quando se amam
A ponta dos dedos se sente o leve toque, o arrepio
E se acariciam como num longo beijo
E se deslizam como se fossem o corpo inteiro.
Entrelaçam-se como se fossem línguas
Encaixam-se como se fosse sexo.
Tocam a face no silencio
O corpo e a alma
Fazendo-se a voz que cala
Falando sobre tudo que seja amor.

Língua

Cada qual com sua mania estranha
Não se julga gosto alheio
Fulaninha é estranha, tem mal gosto...
Beltrano é esquisito.
A coisa mais feia que tem no mundo
Todo mundo faz
Ou já fez um dia,
Ou morre de vontade de fazer...
Tem gente que morre dizendo que nunca fez
Afinal de contas existem pessoas perfeitas.
Eu também já fiz, motivada pela emoção
E até mesmo pela minha língua descontrolada
Língua foi feita pra ser usada.
Eu sei que você também já usou a sua
Ou alguém usou desse modo pensando em você
Eu sei que você esta me julgando agora
Pensando no que quero dizer
Citando tanto exemplo, ousando falar tanta besteira
Mas eu to falando é da língua fofoqueira, faladeira
Não tenho culpa se você pensou besteira.

domingo, 23 de outubro de 2011

O arrependimento sempre bate
Não bate a porta, arrasta levemente
Aperta e fecha sem pensar a maçaneta,
Guarda os livros e cadernos nas gavetas
Talvez use as canetas.
Escrever prazer sem letras,
Escrever sem ler, às avessas.
Usas as mãos, logo após estarão sobre a cabeça,
Mas agora não importa se é direito, direita ou esquerda
Apenas aceita, penetra, deleita.
Prazer. Gozo sem fim, mas, no fim.
Agora se importa onde está sua decência e moralidade,
Bate a porta, não arrasta rasga ruidosamente
Abre rápido e com toda força a maçaneta.
O arrependimento sempre bate.
Sempre bate
Uma punheta.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Loucura

Por vezes sinto muita raiva de você
Por me fazer sentir mesmo sem pretender querer
Por me fazer falar tão fácil o que nunca soube esconder.
E depois quando tudo parece concreto, me joga uma garrafa cheia de água gelada.
Mais parece ácido que corrói meu coração.
Deve ser assim com tantas outras que acham fazer parte da sua vida...
Talvez até façam, brinquedos na sua prateleira de novos e usados
Perdidos e achados, que nunca mais depois de ti irão se encontrar...
Se todas tiverem metade da loucura que eu tenho e não evito ter
Mesmo sabendo o perigo teimam em cada vez mais se entregar
Jogar pra cima qualquer resquício de verdade que leve a felicidade
Na tentativa de só mais uma vez satisfazer os desejos
Talvez seja a primeira vez, jurando ser a ultima,
Se omitindo da culpa de estar agindo errado
Tendo a desculpa que sempre foi apaixonado por ti
Loucura.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amor devia saber

Amor não sabe pra quem que eu escrevo meus poemas
Acha que tenho mil e um amores e cada um tem seu verso novo e colorido
Mas meus versos são antigos
Antes de conhecer você a fundo
Antes de amor ser você.
Amor não sabe que eu tenho os dias mais felizes com ela
Que me faz ficar sem palavras e sem poemas tristes.
Amor me faz rir, chorar, pedir perdão e enlouquecer... de prazer
Tudo isso é tão bom que não me da vontade de escrever.
Amor fica triste porque mal escrevo declarações...
Logo eu que tenho poesia nas veias...
Fica encucada se tenho outra paixão
Se eu não a amo de verdade
E se vivo na orgia quando não estou em sua companhia
Amor viaja longe quando lê minhas poesias!
Acha que tenho ou quero ter várias meninas...
Eu me confundo toda tentando te explicar
Que escrever estar mais em mim do que falar
E que nem tudo é tão real,
Poesia é só pó, poeira de fantasia
De uma cabeça que vive nas nuvens e vai ao inferno
Catar as dores de um pobre coitado apaixonado
Por alguém que não existe além dos seus abestalhamentos desvairados.
Amor devia saber que a tenho como a mulher da minha vida
Melhor e mais bonita que qualquer outra poesia.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Irracional

Largo tudo por ti.

Talvez essa não seja a melhor proposta, a de seu agrado...
Talvez não, certamente. E eu já havia largado o mundo inteiro por ti.
E é isso que faz você não estar aqui, o mundo que eu esqueço sobre tua presença e ausência...
Não penso em mais nada se te tenho ao meu lado, e se não te tenho é muito mais pesado...
Não devia largar tudo por ti, sei agora que não se ama ninguém assim, não se quer o amor dos que amam assim.
O amor precisa de todo o resto que não me importa, todo o mundo de interesses que não me interessa.
Então talvez não seja amor, Eu não te amo.
Não me interesso pelo mundo, todo o resto é resto para mim
Eu não te amo, eu só respiro você e vez enquanto me falta ar.