quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Escape

Os sentimentos que escapam nas palavras
Às vezes são ótimos, mas não são tão intensos,
Outras vezes são intensos, mas são terríveis!
Escrevo e me sinto aliviada e feliz...
Escrevo e me sinto uma assassina, suicida...
Não mato nem uma formiga.
Há “coisas” dentro de mim que renderiam mil livros
Transcrevo aquilo que não consigo evitar
E o resto não faz algum tipo de falta,
Pois amadurece, aguarda, está em mim e se basta
Enquanto puder guardar farei assim.
Esquecer é coisa que não faço
Talvez até fosse mais fácil de lidar, mas não dá.
Cometo certo suicídio documentando meu ouro, meu lixo, meu “isso”.
Pago o preço de deixar meus suplícios presos, soltos
Cravados na eternidade.

Quando perdi de vez você.

Eu nunca mais fui até lá
Lembro da ultima vez, parece que faz tempo demais
E é bom que seja assim, que não pare, não volte no tempo.
É perca de tempo, mas eu perderia o dia, a semana, o mês...
Só pra admirar seu sorriso por mais uma vez.
Sempre que te via, tinha a sensação que seria a ultima,
Você notaria mais cedo ou mais tarde, eu não sou tão legal assim...
Mais cedo ou mais tarde saberia, e então se afastaria de mim.
Tudo estava sacramentado, o dito por não dito, o falado foi engolido.
Quando dei por mim, tinha esquecido que tudo já era esperado,
Vi-me remoído em cartas, pedindo perdão por ter sido usada...
Dizendo eu te amo como se fosse arma pra te render...
E no fim quem saiu mais atingida fui eu, não você.
Dei mil tiros, mas não vi que no lugar do coração,
Tinhas um transparente escudo, refletindo tudo.
Bala perdida se instalou em mim, encontrou canto certeiro pra fincar.
Lá, onde seria seu lugar, e o que sobrou foi só uma enorme cicatriz.
Demorou, quase morri, foi por um triz, mas estou aqui!
Mais feliz, sorrindo e bem mais calmo...
Ontem chorei, quase perdi meu coração
Quando perdi de vez você, minha ilusão...
Ganhei muito mais!
Ganhei felicidade, minha paz, harmonia...
Ganhei um amor de verdade e o melhor,
Nem precisei perder minha melhor amiga.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Escuto o que preciso ouvir, as palavras são isso, aquilo que quiser.
Miragens tolas na margem de algum deserto,
Figuras de linguagem, tolas, eu te amo torto, te amo mais que a mim
Sou metáfora personificada.
Não descrevo quão grande é o que sinto mesmo se fosse uma hipérbole interminável, mas sou elíptico, antitetíso o paradoxo que me faz amar-te ainda hoje, no revés que vivo. Efêmero, me debatendo em engasgos e soluções embaraçados entre goles de álcool e fumaça de cigarro, e ainda assim, pressinto a sorte.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Agora que você me vê como sou
Assim como você acredita
Tem todo direito de gritar, de chorar, de me julgar
Só não esqueça quem eu fui até ontem
Seu filho.

Quem sabe não sou tão feio como imagina?
Não esqueça quem eu fui quando você chorou
Quando você morreu de medo
Quando a calma parecia desaparecer
Eu guardei a calma pra você.
(Assim como você faria até ontem comigo.)

Ainda tento guarda um pouco de compreensão
A mesma que você não tem
Alguém precisa ter.

Todos precisam aprender
Nem tudo é certo ou errado
Nem todo pecado é mortal.
Prefiro morrer a não ter minha liberdade
De amar quem eu quiser, sem medo do inferno
De não ter a mãe e o pai pra sempre do lado.

Pensem como os pais, que não tem o filho mais vivo
Porque ele não agüentou passar por tudo isso...
Todos precisam aprender,
Para que ninguém mais precise morrer, sofrer.

Mãe, Você me levou a igreja
Ouvi o padre falar e acreditei, Deus é amor!
Então o que vivo não é pecado.
Só quero estar perto das pessoas que amo
E só desejo que vocês (minha família) também continuem do meu lado.