terça-feira, 28 de setembro de 2010

Choro o chorume do que seja amor
Restos de algum tipo de orgulho despeitado
Glândulas que obedecem a esse lado menos colorido,
Pensamentos que me deixam de peito dividido.
Entre a solidão de estar só por pura escolha
E a solidão permanente de nunca sentir igual.
As cartas de amor... papel higiênico absorto de sentimentos...
Jamais entenderão o que eu digo,
Jamais sentirão o que eu sinto, tenho completa certeza.
Somos nós da mesma natureza, mas não seremos a mesma arvore, nunca.
O amor nos faz compartilhar o mesmo terreno, apenas isso,
E sendo amantes não somos um, somos de uma “eterna” cumplicidade
E é por amor que tento abdicar (esconder) a minha egocentricidade
Até que a incompatibilidade nos separe.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Não esperem mais que isso
Eu vou morrer dentro de um poema
Escrito por um famoso desconhecido
Dopando-me das drogas de um falecido
Que morreu sem saber do mérito obtido.
Não espero mais que isso.
"Tudo que quero é um amor maduro
Alguém que ache bom se sentir seguro.
Se eu quiser aventura vou pro parque andar de montanha russa
E ainda assim aperto bem os cintos e me apego a uma prece...
Quem quer se arriscar sabe que tanto na paixão como nos parques
Acidentes acontecem."

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Angustias Afundadas

Esse inferno me enlouquece
Tenho tantas angustias
Medo que se tornem verdade
Às vezes acho que é pura fraqueza
Deveria viver mais e não pensar em tristezas
Mas eu penso.

Eu estou errada, estou saturada de mim
Entendo porque não tenho tantos sorrisos
Queria ser mais alegre e ter mais amigos
Amo demais os poucos que tenho.

Já tive mais gente em minha vida
Fico triste, pois ainda penso nas feridas.
Errei e fui julgada, fui machucada, e julgada mais uma vez.

Logo eu que sempre quis fazer o certo, me danei.
Me perdi no que era correto, no que parecia mais justo
Depois de ter brincado com todo fogo do mundo,
Hoje me calo, fico mudo.


De todos os imperfeitos que conheci, eu fui mais
Os tons de pele e sorrisos eram reais
Hoje não existem mais, nem no retrato.
No fim eu me pego desviando de caminhão
Correndo na contramão.

Se eu te encontrar, finjo que não te vi
Melhor evitar as palavras, não desejo ser falsa
Não me arrependo do que pensei,
Me arrependo de ter julgado, escarrado o ódio em um ponto final prolongado.
Não me venha com “oi tudo bem, lembras de mim?”
Teus olhos vazios de quem vive à toa...
Não lembrarei jamais, pra mim tu já és outra.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Doce lar

Eu quero a felicidade mesmo que ela não seja pra mim,
Quero fazer a sua alegria mesmo que pra isso precise estar longe.
Isso te soa estranho, não és a única...

Mas eu me permito te soltar, me doar, te dar o que eu não posso ter,
Mesmo que minha vontade seja de um abraço sem fim,
Solto tua mão se for pra te ver correr mais feliz.

Deixo-te livre do que eu não sou, pra você perceber quem você é.
E se nesse tempo tudo correr bem, meu bem eu estarei satisfeita...
De saber que estás feliz com alguém que te goste e te respeita,
E que você também consiga ser recíproca a isso.

Meu bem eu te amo tanto que me obrigo a te soltar!
Ver você voar como passarinho, ver você cantar e repousar
Onde desejar fazer seu ninho.

E se você voltar é porque você também se sente assim comigo
Eu que sempre fui mais que seu ombro amigo
Tenho ainda a esquerda do peito aquele mesmo abrigo
Que ainda vai ser teu doce lar
Se você quiser voltar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vícios

Não te quero como um vício,
De muitos que já tive, e aprendi
Que todos por melhor que pareçam são malefícios.
Ta escrito na embalagem: causa danos a saúde, vicia.
Ilusão é droga que se consome sabendo os riscos.
Somos todos uns tolos nos achamos incomuns, diferentes...
E aquilo que ta escrito na embalagem é pra qualquer um menos pra gente.
E por isso, é inevitável se deixar levar por frascos e não checar as observações
Quando pensamos, o que importa é o amor tudo é valido se por em risco,
Mas muitas vezes confundimos amor com paixão e certas paixões são vícios...
Não é errado ser viciado em ser amado, mas não é isso que acontece,
Viciamos na dor, na necessidade, na confusão que nos causa,
Tudo aquilo que nós mesmo criamos,
A bebida que pagamos pra nos ver embriagar
É a cocaína da alma e mesmo na abstinência nos ataca,
Com sacrifício, se no fim não te deixar mais forte te decapita.