quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quadro do Tempo

Alegria na vida, tudo que se precisa.

Abraços sinceros, beijos de amor, afeto verdadeiro.

O carinho da família, a confiança a partilha.

Amigos, poucos ou muitos, sinceros apenas e acolhedores sempre!

Queria querida que tudo fosse assim, e eu ainda tivesse meus sonhos da infância!

Foram quebrados, como os jarros e as janelas que quebrei jogando bola!

Meus sonhos estão jogados pelo chão... São cacos de vidro.

São todos pó de jarro, esfarelados pelo sarro que a vida me tira!

Tanto caco, tanto pó esfarelado e me assombro por nem me lembrar do que se tratava,

Por muitas vezes esqueço até quais os sonhos e o que me guiava...

Me encontro parada de fronte a janela de tantos vidros e cacos no chão.

A calçada ainda está ali com os farelos do jarro e até poucos cacos,

Talvez na esperança de ainda serem colados...

E eu ali, observando tudo como se ainda houvesse movimento,

Vendo toda a minha vida naquele Quadro do tempo.

E num estalo de esperança ou puro desespero

Vejo que nem tudo na vida é sorte ou revés,

Percebo que a bola sempre esteve nos meus pés...

A bola, ela sim, nunca esteve furada,

Então que se dane qualquer caco ou farelo que ainda esteja na calçada!

Danem-se também os Quadros do tempo, pois ainda há tempo para novas jogadas.

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