Alegria na vida, tudo que se precisa.
Abraços sinceros, beijos de amor, afeto verdadeiro.
O carinho da família, a confiança a partilha.
Amigos, poucos ou muitos, sinceros apenas e acolhedores sempre!
Queria querida que tudo fosse assim, e eu ainda tivesse meus sonhos da infância!
Foram quebrados, como os jarros e as janelas que quebrei jogando bola!
Meus sonhos estão jogados pelo chão... São cacos de vidro.
São todos pó de jarro, esfarelados pelo sarro que a vida me tira!
Tanto caco, tanto pó esfarelado e me assombro por nem me lembrar do que se tratava,
Por muitas vezes esqueço até quais os sonhos e o que me guiava...
Me encontro parada de fronte a janela de tantos vidros e cacos no chão.
A calçada ainda está ali com os farelos do jarro e até poucos cacos,
Talvez na esperança de ainda serem colados...
E eu ali, observando tudo como se ainda houvesse movimento,
Vendo toda a minha vida naquele Quadro do tempo.
E num estalo de esperança ou puro desespero
Vejo que nem tudo na vida é sorte ou revés,
Percebo que a bola sempre esteve nos meus pés...
A bola, ela sim, nunca esteve furada,
Então que se dane qualquer caco ou farelo que ainda esteja na calçada!
Danem-se também os Quadros do tempo, pois ainda há tempo para novas jogadas.
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