terça-feira, 15 de abril de 2008

Eu Que Pareço Ser Fraco

Eu que pareço ser fraco.

Eu que sempre quis ser forte.

Nunca quis lutar e não vi que tudo é quase guerra.

Sempre vi amor naquilo que quase sempre era dor.

E nesse quase sempre ver eu sempre sentia, sempre sentia...

Mas era demais, era demais, tanto que já não quero pensar tanto.

Penso nisso agora, penso naquilo quase sempre, e só queria que fosse menos...

Bem menos muito menos, mas não tão pouco que não possa nada sentir.

Não quero ser muito, sentir-me-ei louco.

Nem menos demais, também serei louco por sentir-me oco.

E é dessa loucura que eu falo agora, ela que me assalta e leva tudo embora,

Ora me volta e traz tudo que era meu, tudo, até o que não tinha e não queria.

E o que eu não tenho e quero, ela não me trás, ela não me trás...

E logo eu que pareço ser fraco descrevo cada pedaço desta quase patologia,

Faço quadros com cada gota de sangue para travestir de poesia cada hemorragia.

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