Eu que pareço ser fraco.
Eu que sempre quis ser forte.
Nunca quis lutar e não vi que tudo é quase guerra.
Sempre vi amor naquilo que quase sempre era dor.
E nesse quase sempre ver eu sempre sentia, sempre sentia...
Mas era demais, era demais, tanto que já não quero pensar tanto.
Penso nisso agora, penso naquilo quase sempre, e só queria que fosse menos...
Bem menos muito menos, mas não tão pouco que não possa nada sentir.
Não quero ser muito, sentir-me-ei louco.
Nem menos demais, também serei louco por sentir-me oco.
E é dessa loucura que eu falo agora, ela que me assalta e leva tudo embora,
Ora me volta e traz tudo que era meu, tudo, até o que não tinha e não queria.
E o que eu não tenho e quero, ela não me trás, ela não me trás...
E logo eu que pareço ser fraco descrevo cada pedaço desta quase patologia,
Faço quadros com cada gota de sangue para travestir de poesia cada hemorragia.
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