quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

No sentimento nu que não segue o corpo
Há o movimento cru que não desgruda da alma.


No movimento pesado das tuas mãos e teus passos desastrados
Há a simetria perfeita do que eu não toco e assim mais ainda sinto,
Do que eu toco e vejo que não é indispensável ao meu ardor...
Pois do toque para o não toque consiste num ponto crucial a mesma firmeza
A mesma moldura do que a alma já pressentia e sentia
A mesma alergia do não estar,
A alegria de se sentir tocar, a disritmia.
Diferença imperceptível aos olhos da alma,
É a mesma diferença inadmissível a qual o corpo sente falta.
Do amor igual, animal com animal que o corpo se julga abstinente,
Pulsando no peito o amor real, igual - diferente do qual a alma se alimenta

Incessantemente.

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