terça-feira, 2 de junho de 2009

Rir de mim

Às vezes é muito sem graça
Ter o poder
Fazer o que quiser
Se controlar
Se masturbar
Eu não vejo graça nenhuma.
Eu quero mesmo é errar
Tropeçar
Cair de boca
Experimentar.
No fundo do poço também há vida
Nem todo buraco é tão ruim assim...
Eu quero sim subir
Mas descer também faz parte.
Do umbigo pra cima,
Pra baixo é mais interessante.
Às vezes chorar é bom
E não venha rir de mim
Não tem a menor graça.
Às vezes sorrir estraga o rosto
Eu não sou sério
Prefiro ser palhaço
Mesmo que tudo pareça tragédia
Eu faço comédia
Romântica.
Mesmo que tudo pareça comédia
Sou assim, faço drama
Mas não venha não se for pra rir de mim
Não sou filme pra você ver
E nessa sessão eu já barrei você.

3 comentários:

Unknown disse...

Perfecto!

Thazya Regina disse...

cair de boca né?
=x

kkkkkkkkkkkk

Ana Yasha disse...

Adorei esse. :)
Acho que é preciso sim dar a cara à bolacha, nadar contra a maré, correr contra a multidão, de vez em quando. Experimentar cada coisa. Sentir tudo, de todas as maneiras, até a dor, o choro, sentir só para acelerar o coração, inspirar e expirar forte. E então querer viver. Como quem se prepara para uma luta. Como uma fúria que, enfim, é força. Ser o Palhaço, de vez em quando, e não a bailarina do circo.

Isso tudo me lembrou um trecho de uma música "Só não ria de mim, não vou lhe atrapalhar..."